27 Junho 2024, Quinta-feira

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Moita e Barreiro acabam com parceria na gestão da “Quinta do Mião”

Moita e Barreiro acabam com parceria na gestão da “Quinta do Mião”

Moita e Barreiro acabam com parceria na gestão da “Quinta do Mião”

Autarquia moitense vai criar equipamento no seu concelho para responder aumentar lotação

 

O presidente da Câmara da Moita, Rui Garcia, anunciou na última reunião daquele executivo o fim da associação com o município do Barreiro, que tinha como missão a captura, recolha e alojamento de animais errantes e a gestão e exploração da Quinta do Mião, situada na Quinta das Rebelas, na freguesia de Santo André, junto ao Mercado Abastecedor. O autarca informou que no futuro serão criadas no território moitense “novas instalações para a recolha e alojamento de animais vadios”, com o objectivo de melhorar o serviço que tem vindo a ser prestado até agora por aquele equipamento intermunicipal.

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A constituição da associação, recorde-se, aconteceu em 2016, altura em que foi criada a Quinta do Mião que, na altura, constituiu “um grande avanço nas condições em que os dois municípios exerciam as suas competências nesta matéria”, reforçou.

Decorridos quatro anos e em resultado das alterações legislativas entretanto ocorridas, o espaço disponível é agora considerado “insuficiente” e nestas circunstâncias, as entidades autárquicas colocaram a opção de “ampliar as instalações ou repensar a solução” para este local. “O facto do espaço da Quinta do Mião ser manifestamente insuficiente para albergar os animais provenientes dos dois concelhos”, segundo o município barreirense, foi o motivo que esteve na origem da decisão.

O SETUBALENSE apurou que as duas câmaras acordaram que a melhor opção seria “terminar o projecto”, permitindo desta forma “uma melhoria significativa do bem-estar animal do Barreiro”. Por sua vez, também a Moita vai construir o seu próprio equipamento “mantendo-se o funcionamento da Quinta do Mião nos moldes actuais até que essas novas instalações entrem em funcionamento”. Face a esta decisão, haverá agora lugar a “um acerto de contas entre os municípios relativamente ao investimento inicial efectuado”, adiantou a Câmara da Moita.

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Ainda antes do início da pandemia provocada pelo Covid-19 “estávamos a trabalhar no sentido de este processo estar concluído perto do final deste ano”, revelou a autarquia. Todavia e tendo em conta as novas circunstâncias “admite-se que ocorra algum atraso, mas mantém-se a intenção de construir as novas instalações o mais rapidamente possível”, assegurou o executivo liderado por Rui Garcia, acrescentando que “neste momento é ainda prematuro referir localização ou custos”.

Já o Barreiro afirma que “é previsível que no futuro” a Quinta do Mião consiga dar mais e melhores respostas, pois terá o mesmo espaço anteriormente destinado a dois concelhos, dedicado apenas a um só município. Numa fase inicial, aquela autarquia considera que “é expectável que a verba destinada para o centro de recolha seja mantida em valores semelhantes aos despendidos até ao momento”, assinalou.

 

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A falta de espaço para acolher mais animais continua a ser problema

Recorde-se que o aumento do número significativo do abandono animal tem sido um dos problemas que mais tem afectado a Quinta do Mião. As autarquias têm assegurado a manutenção do espaço, reforçando as campanhas de adopção e de controlo das colónias existentes em ambos os concelhos, para diminuir as dificuldades sentidas ao nível da sua lotação, que tem capacidade para acolher 70 cães e duas dezenas de gatos.

No entanto, o número de animais tem vindo a aumentar. “Existem algumas colónias que têm estado a ser intervencionadas por uma médica veterinária voluntária a quem o município fornece materiais”, adiantou a vereadora da Câmara do Barreiro, Sara Ferreira, no final do ano passado. Por sua vez, a autarquia moitense tem estado empenhada nos últimos tempos na instalação de abrigos, nomeadamente, no Parque Ribeirinho da Baixa da Banheira.

Desde o início da pandemia provocada pelo novo coronavírus, que tem ocupado diariamente os eleitos de ambos os concelhos, o espaço tem estado encerrado ao público, numa medida que pretende “garantir a protecção da saúde e segurança dos trabalhadores” que ali prestam o serviço de apoio e tratamento aos animais.
No último mês de Março, a Quinta do Mião passou a assegurar as necessidades dos cães e gatos residentes e, apenas, às situações de carácter mais urgente.

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