Covid-19. Distrito de Setúbal entre as zonas próximas a Lisboa com menor risco de contágio

Covid-19. Distrito de Setúbal entre as zonas próximas a Lisboa com menor risco de contágio

Covid-19. Distrito de Setúbal entre as zonas próximas a Lisboa com menor risco de contágio

CERENA - Instituto Superior Técnico

Entre os próximos dados que vão ser mapeados estão zonas de risco com lares de idosos no seu território e número de óbitos

 

O Centro de Recursos Naturais e Ambiente – CERENA – do Instituto Superior Técnico desenvolveu um mapa, único no pais, para medir o risco de incidência da Covid-19. Em entrevista a O SETUBALENSE, Amilcar Soares, professor que coordena o projecto cartográfico Daily Infection Risk Maps COVID-19 – Portugal afirma que “o distrito de Setúbal respondeu a tempo com as medidas necessárias para combater o crescimento epidémico da Covid-19, por isso, agora, mantém-se entre as zonas da grande Lisboa com menos risco de incidência do vírus”.

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Para já, a ideia que o grupo de investigadores retirou deste estudo é a de que todos os concelhos do distrito de Setúbal apresentam “um baixo grau de incerteza, no futuro crescimento da incidência do vírus”, em grande parte “devido à boa articulação que todos os agentes locais, desde hospitais e serviços municipais de protecção civil tiveram, com respostas imediatas”.

Fica assim afastada a hipótese levantada pelos médicos do Hospital da Luz Setúbal que, no início de Março, arriscavam uma previsão de “1 caso por cada 10 habitantes”, o que levaria a um total de “12 mil possíveis infectados só no concelho de Setúbal, dos quais, “mil precisariam de cuidados hospitalares”.

Previsões que apenas é possível descartar devido a estas respostas imediatas. “Porque sem elas até seria possível alcançar cenários semelhantes aos de Itália e Espanha”, afirma Amilcar Soares.

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A carta do SARS – CoV-2

“A cartografia do vírus”, como refere o professor Amilcar Soares, surgiu a partir de um projecto de doutoramento que já havia sido desenvolvido, há alguns anos, para o mapeamento do risco de cancro pulmonar no sul do país. “Embora o contexto de desenvolvimento não fosse epidémico, a análise de dados em contexto de epidemia é algo a que o CERENA se dedica e assim surgiu a ideia de desenvolver este mapa”.
Os dados utilizados são retirados dos boletins diários, publicados pela Direcção-Geral da Saúde, “que após conhecer o projecto fez uma apreciação muito positiva e planeia agora avançar para uma nova fase”.

Na segunda fase o mapa actualizado diariamente passará a incluir não só risco generalizado de infecção e o grau de incerteza associado à sua expansão, “como outras variáveis que potenciam este risco, para além da capacidade local de resposta, instalada em cada região”. Se a DGS concordar o CERENA vai passar a incluir na cartografia diária do vírus “zonas de risco devido à concentração de lares de idosos com infecções confirmadas”, assim como “o número óbitos por distrito”.

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Para Amilcar Soares estas são “apenas algumas das muitas possibilidade de análise da presença da Covid-19 no país”, a partir de um mapa que é único. “Haverá outros, a nível nacional, sobre a possível expansão doo vírus, baseados em estimativas, mas iguais a este não”

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