Muito se tem falado sobre este assunto do Coronavírus (Covid-19) e com as inúmeras vítimas que tem provocado por todo o mundo.
Todos pensávamos que pandemias desta natureza já tinham ficado na Idade Média, com a Peste Negra, e terminado com a Gripe Pneumónica de 1918, que em Portugal vitimou mais de 60 mil pessoas.
Ao longo destes 13 anos consecutivos de crónicas, procuro redigir de uma forma responsável, sóbria e educada, mas também clara, directa, frontal…e contundente, quando se torna necessário
Quando sou contundente, utilizo palavras muito, muito fortes, procurando que elas sejam sustentadas por factos, argumentos, provas.
E por conclusões, às quais o caro leitor tem todo do direito de concordar, ou não.
Todavia, nunca recorro ao insulto, nem respondo aos insultos.
O insulto é a derradeira prova de ausência de argumentos.
Como pessoa apaixonada por História, professor de Ciências Naturais e responsável por este espaço de opinião, encontro aqui os três ingredientes pessoais necessários para escrever sobre esta matéria.
Neste caso, vou ter de ser necessariamente contundente e duro, começando por apontar o dedo ao país responsável pelo aparecimento previsível, ocultação deliberada e disseminação inevitável do vírus:
República Popular da China.
Contudo, não confundo o país e a sua população, com o seu regime. São duas dimensões distintas.
E, portanto, começo por afirmar que não nutro qualquer sentimento de afinidade ou simpatia pelo regime chinês.
A China actual é uma mistura muito perigosa e volátil, onde coexistem ao mesmo tempo, o Comunismo habitual e o Capitalismo também habitual.
Duas dinâmicas aparentemente contraditórias, mas que na China encontram uma suposta harmonia e simbiose.
Na prática, conduz a um regime e a práticas totalitárias e criminosas, como irei procurar provar, nesta e nas crónicas seguintes.
Desde 1949, que o Comunismo obriga os chineses a obedecer sem qualquer sombra ou vestígio de contestação; condiciona-lhes o pensamento e corta-lhes as liberdades. As autoridades não apenas bloqueiam o acesso ao conteúdo dos websites, mas também monitorizam o acesso de cada cidadão à Internet. No caso concreto do Covid-19, optaram pela omissão deliberada e criminosa de informação crucial.
Na Coreia do Norte oficialmente não há qualquer infecção, nem morte com Covid-19. O costume.
O Capitalismo propicia a existência de uma estrutura empresarial, que explora a força de trabalho de forma desumana, com horários de trabalho extremamente penosos, que excedem por vezes as dez horas por dia, seis dias por semana, salários ainda baixos, somente com 5 a 15 dias de férias pagas. Para além disso, utilizam matérias primas de baixa qualidade.
Daí que que fazem concorrência desleal ao resto do mundo, invadindo-nos com produtos baratos, mas de qualidade muito duvidosa, Made in China.
Continuamos para a semana.