23 Julho 2024, Terça-feira

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Lares do Montijo vão fazer testes de Covid-19 aos funcionários

Lares do Montijo vão fazer testes de Covid-19 aos funcionários

Lares do Montijo vão fazer testes de Covid-19 aos funcionários

O presidente da Câmara Municipal do Montijo

Medida decidida em articulação com a Câmara Municipal do Montijo vai custar à autarquia 50 mil euros

As instituições do concelho do Montijo com a valência de lar decidiram prosseguir com a realização de testes para despiste de Covid-19. A medida, decidida em conjunto com a Câmara Municipal do Montijo, é tomada como forma de salvaguardar a população de maior risco: os idosos.

Numa primeira fase, a realização do exame vai apenas incidir nos funcionários, por serem estes os principais suspeitos de transmissão do novo vírus. Assim, o despiste vai ocorrer “nas instituições de solidariedade social que têm lares/residências seniores”, sendo estas a Santa Casa da Misericórdia de Canha, a Santa Casa da Misericórdia do Montijo, a União Mutualista Nossa Senhora da Conceição (UMNSC), a Associação Caminho do Bem Fazer e as Residências Montepio, revela a autarquia em comunicado.

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Até ao fecho desta edição, O SETUBALENSE conseguiu apurar junto de fontes ligadas às instituições que a Santa Casa da Misericórdia de Canha vai submeter ao teste de despiste 87 funcionários, a União Mutualista Nossa Senhora da Conceição cerca de 130 trabalhadores e a Associação Caminho do Bem Fazer cerca de 20 empregados. A Santa Casa do Montijo não quis adiantar pormenores.

Segundo afirma Pedro Santos, que preside a UMNSC, “o presidente da Câmara Municipal revelou que os testes iriam estar integrados no programa do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, mas a autarquia disponibilizou-se para pagá-los a um laboratório privado, investindo 50 mil euros em 10 mil testes, a dividir pelas instituições”.
“A Associação Caminho do Bem Fazer é uma instituição pequena com poucos idosos. Não têm os meios para a sua realização e, assim, a União Mutualista propôs-se a realizar os seus testes”, revela, em seguida.

Com 130 funcionários a executar funções, o presidente da UMNSC decidiu “requisitar 165 testes, para ficarem 20% de folga. Caso haja alguma situação é necessário existirem reservas”. Mas a realização deste exame “não significa que se faça hoje e que amanhã não exista um caso positivo. É necessário partir do paciente zero. A partir do momento em que alguém dá negativo, se demonstrar sintomas saberemos de onde poderá vir um possível contágio” declara.

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Apesar de não existirem casos registados nestas instituições, os seus responsáveis resolveram tomar a iniciativa de proceder ao despiste, devido à proliferação do vírus em alguns lares de idosos espalhados pelo país. Foi, segundo este pensamento, que a UMNSC “endereçou uma iniciativa ao presidente da Câmara Municipal do Montijo, no sentido de se poderem realizar testes aos funcionários e aos utentes”, conta o presidente.

Através deste ponto de partida, as residências começaram a procurar adquirir kits de despiste para a Covid-19. “Quando arrancámos com a iniciativa, andámos a procurar o preço dos testes como uma iniciativa privada. Estamos a falar de preços que rondam entre os 100 e os 150 euros. A ideia seria juntar esforços em escala no sentido de atingir um valor por tecto mais económico. Conseguimos negociar até aos 50€ e foi este o valor que fomos apresentar ao presidente da Câmara do Montijo”, acrescenta.

Com as propostas por parte das entidades a chegar e com a preocupação a aumentar, o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, resolveu marcar uma reunião com os responsáveis das residências. “Ficou acordado que as instituições vão indicar o número de testes necessários, tendo o presidente assegurado o apoio financeiro a esta acção de saúde pública”, lê-se em nota de imprensa divulgada pelo município.

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 Vereador João Afonso apoia despiste em lares de idosos

Antes, já o vereador social-democrata João Afonso, no decorrer desta semana, havia apresentado a sua posição em relação à realização de testes de despiste do novo vírus Covid-19, através de um comunicado. O documento, enviado à União Mutualista Nossa Senhora da Conceição e à Câmara Municipal de Montijo, refere: “Face à situação que atravessamos devido à pandemia que afecta em especial os mais idosos, seria de todo conveniente que os funcionários, bem como os serviços de apoio domiciliário fossem alvo de testes de despistagem”.

A iniciativa, segundo revela, “torna-se pertinente uma vez que os lares de idosos, como se pode constatar pelas notícias divulgadas, se podem tornar num dos grandes focos de disseminação da doença”.

“Estas instituições de assistência social, com o apoio financeiro da Câmara Municipal para poder sustentar este encargo, deveriam dar o exemplo internamente e incentivar os outros lares na salvaguarda dos seus funcionários e utentes”, lê-se na nota divulgada.

Para o vereador João Afonso “a autarquia deveria de se associar a esta campanha sanitária, mandando proceder ao levantamento de todos os lares existentes em matéria de condições higieno-sanitárias incluindo até os lares que se encontram em situação irregular”.

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