27 Junho 2024, Quinta-feira

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“Achamos necessário criar uma unidade de cuidados continuados”

“Achamos necessário criar uma unidade de cuidados continuados”

“Achamos necessário criar uma unidade de cuidados continuados”

Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Palmela frisa que a grande valência da instituição é a prestação de cuidados de saúde aos idosos e revela que o grande desejo dos órgãos sociais actuais é a abertura de uma unidade de cuidados continuados e um centro de análises clínicas

Na comemoração do 488.º aniversário da Santa Casa da Misericórdia de Palmela, Francisco Cardoso revela que o Estado devia dar mais apoios à instituição de solidariedade social.

 

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Que balanço faz da actividade da Santa Casa da Misericórdia, no concelho de Palmela, nos últimos anos?

A Santa Casa da Misericórdia de Palmela sempre esteve muito balanceada na valência dos idosos. É um lar e um centro de dia e depois tem uma valência de saúde, com uma clínica de reabilitação e fisioterapia, instalada no primeiro andar da Santa Casa da Misericórdia de Palmela. Neste momento estamos a tentar fazer uma clínica com outras valências, nomeadamente análises clínicas. Esse tipo de valência, porque a Misericórdia sempre esteve ligada à área da saúde, era proprietária do antigo hospital de Palmela, mas depois quando foi o 25 de Abril, os hospitais foram todos nacionalizados e saíram da posse das misericórdias, a Misericórdia de Palmela ficou sem o hospital. Neste momento, a nível nacional já existem 18 hospitais que foram entregues às misericórdias locais pelo país inteiro. E nesse sentido, a Misericórdia sempre teve o carisma ligado à saúde e por isso, queremos incentivar os serviços de saúde à comunidade local. Um dos lemas será esse: dinamizar a vertente da saúde na Misericórdia.

 

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Quantas pessoas fazem parte da Santa Casa da Misericórdia (utentes, funcionários)?

A Santa Casa da Misericórdia de Palmela tem cerca de 130 utentes e 90 funcionários.

 

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Na sua opinião, o que é que ainda falta à Santa Casa da Misericórdia de Palmela?

Todos os dias nos batem à porta as famílias a pedirem apoio. Portanto, o que nós achamos que é necessário é criar uma unidade de cuidados continuados. Na altura, a Grande Lisboa não era prioridade, mas agora já é. Actualmente, no distrito de Setúbal já temos algumas misericórdias com este tipo de unidades, só que isso também é um bocado difícil, porque os apoios são poucos e a Misericórdia não se pode estar a endividar para oferecer um benefício que é do Estado. O Estado é que devia abrir mais estas situações e nós temos que fazer as coisas com capacidade sustentável para podermos durar mais 500 anos. E é nesse sentido que vamos fazendo as coisas sustentavelmente, não é aquilo que necessitávamos, precisávamos de mais, mas temos de ser sustentáveis acima de tudo. As autarquias não nos dão apoio financeiro, mas muitas vezes dão-nos apoio logístico. Às vezes basta um telefonema para resolver as situações urgentes no imediato e isso é o mais importante.

 

Qual o impacto da instituição na comunidade local?

A Misericórdia em Palmela, a seguir à Câmara Municipal é a instituição com mais trabalhadores, o que dá um sentimento de conforto aos funcionários, porque nós não despedimos ninguém. E até precisamos de mais pessoas e é nessa situação que tem impacto e as pessoas também analisam e sabem que as misericórdias são sempre parceiras, porque muitas vezes a opinião pública não fala nelas, e as pessoas nem conhecem estas instituições e quando as visitam ficam com uma dimensão diferente, em função do espaço, das situações e do trabalho que desenvolvemos.

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