Estruturas partidárias de PS e CDS já haviam tomado posição idêntica no Seixal, com o apoio do PSD
As comissões políticas concelhias da Moita de PS e CDS-PP aliaram-se na defesa do novo aeroporto na Base Aérea n.º 6 e emitiram um comunicado conjunto a realçar o que consideram ser as vantagens da localização da infra-estrutura no Montijo, ao mesmo tempo que classificam de irrealista a opção Campo de Tiro de Alcochete.
A iniciativa destas duas estruturas políticas locais surge uma semana depois de os dois partidos terem adoptado posição idêntica no concelho do Seixal, neste último caso sustentados ainda pela concelhia do PSD.
No documento assinado por Carlos Albino e João Neves, presidente e vice-presidente das concelhias da Moita de PS e CDS, respectivamente, o aeroporto no Montijo é defendido como “um investimento estruturante” capaz de “ser um motor de desenvolvimento para o concelho de Moita”, desde logo com a criação de emprego.
“(…) estamos perante um projecto de interesse público, estruturante para o desenvolvimento do País, (…) temos o dever de ter capacidade para dar resposta. E a resposta tem de cumprir três requisitos essenciais: a construção no menor tempo possível, dada a urgência que o aumento da capacidade aeroportuária tem hoje para a economia do País; um custo que terá de ser comportável para as finanças públicas; e a minimização e compensação dos impactes que a construção de um aeroporto terá”, argumentam PS e CDS.
As duas estruturas partidárias afirmam que a construção de um aeroporto de raiz no Campo de Tiro de Alcochete – opção defendida pelo PCP – custaria 7,1 mil milhões de euros, incluindo acessibilidades, e que a conclusão da obra nunca será exequível “no tempo em que o Pais dela necessita”. Por outro lado, a execução de uma primeira fase no Campo de Tiro para funcionar como aeroporto complementar “também não é uma solução realista”, já que a distância a Lisboa “implicaria sempre a construção de um conjunto significativo de acessibilidades”. A opção Montijo, com um custo estimado à volta dos 600 milhões de euros “é a mais viável”, concluem PS e CDS.