O futuro Parque Urbano da Várzea vai ser uma realidade. Esta é a garantia da presidente da Câmara de Setúbal que, a O SETUBALENSE, afirmou que os serviços municipais já estão a postos para avançarem com a obra
A Câmara de Setúbal vai tomar em mãos a conclusão do futuro Parque Urbano da Várzea. Um projecto de diferenciação para a cidade, ao nível urbanístico e ambiental, que implica um investimento na ordem dos 4,5 milhões de euros, que poderá ter encaixe nos fundos comunitários. Mas a presidente da Câmara não vai esperar pela decisão de financiamento europeu e, na passada semana, reuniu com os serviços municipais para finalizar a obra.
“A 17 de Fevereiro, fez-se uma reunião com os serviços municipais para que cada um dos sectores comece, imediatamente, a fazer a sua parte”, disse Maria das Dores Meira, líder do executivo comunista da Câmara, a O SETUBALENSE.
Portanto, os serviços internos vão avançar com os trabalhos que estão ao seu alcance, enquanto a EDP vai ser informada para que “comece a obra de iluminação”. Entretanto, diz a autarca, “estão a ser adjudicados” alguns dos parques que compõe o projecto, caso dos parques aventura e parques infantis.
Também na linha da obra está a abertura de pequenos quiosques, para os quais Maria das Dores Meira diz estar a ser preparada a hasta pública para atribuição da exploração. Em cima da mesa para encargo dos serviços municipais, ficou também a requalificação de pequenos edifícios para apoio ao pessoal especializado que vai tratar dos jardins e conservação do parque.
“Decidimos não parar. Não vamos esperar por fundos comunitários, se eles vierem tanto melhor; vamos concorrer mesmo já tendo começado a obra”, afirma a presidente da Câmara. Por isso, reforça, “já todos os sectores municipais fizeram o levantamento do que têm de fazer, e ontem [17 de Fevereiro), foram distribuídas tarefas para que, cada uma, dê o pontapé de saída” para se realizar o Parque Urbano da Várzea.
Em Novembro de 2018, a presidente Maria das Dores Meira fez a apresentação pública do antre-projecto para os 19 hectares, cerca de 40 campos de futebol, de incidência do futuro Parque Urbano da Várzea. Uma obra que, para além de emblemática da cidade, pretende regularizar a Ribeira do Livramento e resolver os problemas de cheia no casco urbano na zona geográfica para onde convergem várias ribeiras.
É aqui, num dos pontos de entrada na cidade, que a Câmara de Setúbal vai construir um grande núcleo arborizado onde vão existir áreas com dezassete usos e equipamentos distintos para lazer da população. O projecto inclui um grande lago artificial, quinta pedagógica, campos desportivos e de aventura, parques infantis, miradouros, quiosques, jardins e zonas de recreio, num total de 17 equipamentos e usos distintos.
Quanto a prazos da obra, em finais de 2018, a presidente da Câmara apontava que uma primeira fase estaria concluída nos primeiros seis meses de 2019, e a segunda fase no primeiro trimestre de 2020. No global, o projecto deveria estar erguido “dentro de quatro anos”, previa na altura a autarca.
Ainda em finais de 2018, em nota de imprensa, a Câmara de Setúbal dava a saber estar confiante de que o Parque Urbano da Várzea de Setúbal iria conseguir financiamento europeu, isto depois de uma equipa do município ter participado numa sessão de esclarecimento no Parlamento Europeu sobre a quarta linha de acesso ao fundo comunitário, dedicada a “Intervenções Urbanas Inovadoras”, que numa das suas áreas de financiamento, visa incentivar a promoção de projectos destinados ao uso sustentável do território e soluções baseadas na natureza.
“Esta reunião informativa constituiu uma oportunidade para a Câmara Municipal de Setúbal recolher e validar as possibilidades de candidatar o projecto do Parque Urbano da Várzea a financiamento comunitário”, referia então o comunicado da autarquia.
Agora, ainda com a candidatura em aberto, Maria da Dores Meira decidiu não ficar ‘agarrada’, à decisão do financiamento europeu e quer cumprir os prazos desta obra, e diz que “até há pontos favoráveis se a candidatura europeia vier com as obras já a decorrerem”. Ou seja, a autarca dá a entender que com ajuda de verbas comunitárias, ou não, o Parque Urbano da Várzea é mesmo para fazer.
Por Francisco Aves Rito e Humberto Lameiras