5 Julho 2024, Sexta-feira

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PENSAR SETÚBAL: Os canais televisivos portugueses omitem, intencional e deliberadamente, a passagem do ano em Setúbal

PENSAR SETÚBAL: Os canais televisivos portugueses omitem, intencional e deliberadamente, a passagem do ano em Setúbal

PENSAR SETÚBAL: Os canais televisivos portugueses omitem, intencional e deliberadamente, a passagem do ano em Setúbal

, Professor
3 Fevereiro 2020, Segunda-feira
Giovanni Licciardello - Professor
Giovanni Licciardello – Professor

 

Setúbal e o seu Fim de Ano Azul, com o Sado e a Serra da Arrábida como pano de fundo, foram, sem dúvida alguma, um dos locais em Portugal onde as festividades atingiram maior brilho.

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Não parece. Iremos ver porquê.

Foram várias festividades, de entrada livre, centradas na frente ribeirinha da cidade, que incluíram animação, concertos repartidos por dois espaços e um espectáculo pirotécnico, à meia-noite, sobre a baía do rio Sado.

Na Doca dos Pescadores, o artista Dany Silva faz a despedida de 2019. Durante hora e meia, o músico cabo-verdiano revisitou em Setúbal clássicos da música como “Crioula de São Bento” ou “Branco, Tinto e Jeropiga”.

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À meia-noite, as atenções voltaram-se para o céu, com o fogo de artifício preparado para dar as boas-vindas a 2020 e encher de luz e cor o rio Sado.

Os primeiros acordes musicais de 2020 ficaram a cargo do DJ Fridayboyz RFM Pedro Simões, banda de Rui do Cabo, Reinaldo Pinhão e Rui Rosado, atraindo vários milhares de pessoas.

O Fim de Ano Azul em Setúbal é um evento organizado pela Câmara Municipal e Associação Baía de Setúbal, com as unidades hoteleiras Novotel, Ibis, Solaris e Hotel do Sado e a empresa HC & Filhos, bar Rockalot e União das Freguesias de Setúbal como parceiros, patrocínios de Águas do Sado, da Administração do Portos de Setúbal e a colaboração dos Bombeiros Voluntários de Setúbal e Transrio – empresa de transportes do Sado.

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No dia 1 de Janeiro de 2020 e pela primeira vez em Setúbal, houve o primeiro banho de mar, na Praia da Saúde.

Contudo, e tal como infelizmente vem sendo hábito todos os anos, nos telejornais das várias estações de televisão, sobre o fim de ano em Setúbal e os banhos de mar…nada.

Quer a RTP1, RTP3, SIC, SICN, TVI, TVI24, CMTV mostraram imagens de Lisboa, Porto, Ponta Delgada, Funchal (estavam 13 navios de cruzeiro), Porto Santo,  Coimbra, Figueira da Foz, Viseu, Guarda, Serra da Estrela, Sesimbra, Castelo Branco, Covilhã, Bragança, Vila Real, Chaves, Albufeira, Quarteira, Nazaré, Beja, Braga, Évora, Faro, Corvo, primeiros banhos de mar em Armação de Pera, Funchal, Corvo, Carcavelos, Vila do Conde, Foz do Arelho. Quase todas as localidades atrás referenciadas, passaram nos diversos canais e mais que uma vez.

Dei-me ao trabalho de recuperar e de visionar em modo acelerado vários telejornais, de fio a pavio e, tal como tem sido sempre hábito, nem uma palavra sobre a passagem do ano em Setúbal, nem sobre os banhos de mar.

Esta é a quinta crónica que escrevo sobre esta temática, todos os inícios de ano, desde 2015. Nessa ocasião, quem me chamou pela primeira vez a atenção, foi minha Mãe, setubalense que gema, indignada com o “esquecimento”.

Ao fim deste tempo, posso afirmar que, perante a qualidade recorrente das passagens do ano em Setúbal, a omissão a que são votadas em todos os canais televisivos, não é obra do acaso.

É, claramente, intencional e deliberado.

O que me leva à questão essencial: o total desinteresse com  que os canais de televisão votam sistematicamente Setúbal.

Maria das Dores Meira tem vindo a afirmar reiteradamente que iria colocar Setúbal nas bocas do mundo e tem feito bastante nesse sentido.

Contudo, no que diz respeito à Comunicação Social, as bocas continuam quase sempre fechadas.  E quando abrem a boca, é para falar mal.

Mesmo com a progressiva notoriedade que Setúbal tem vindo a grangear, Lisboa, o Poder Central e a Comunicação Social, continuam a considerá-la como filha de um Deus menor.

Vejam a perda de autonomia decisória relativamente ao turismo em Setúbal e ao Porto de Setúbal.

Vejam o problema da magnitude das dragagens e como o Poder Local se subalterniza perante o Poder Central.

Para concluir, a Comunicação Social prestou, mais uma vez,  um péssimo serviço informativo.

Todos os anos, por esta altura, ausência total de informação.

Algo que urge reflectir. E agir.

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