A exposição de fotografia “20 Setubalenses, 20 Artistas” da autoria de Alex Gaspar, com textos de Ana Martins Ventura, está patente no auditório da Casa do Largo, em Setúbal, até dia 4 de Fevereiro.
Hoje, na rúbrica homónima, O Setubalense destaca a fadista e madrinha de marchas populares, Inês Pereira.
Descontraída, na ligação entre o pessoal e o profissional, a fadista setubalense, Madrinha de Marchas Populares, posou para a objectiva de Alex Gaspar “tal como é e sem receios”.
É jovem, mas o seu percurso na música conta com 20 anos e tem sido o que esperava. “Nem difícil, nem fácil. Nem rápido, nem lento. Conforme as minhas pernas” revela.
“O Fado nasceu comigo. Foi assim desde que me lembro. Eu começava a cantar e a música acontecia. Estava dentro de mim”.
Aos 15 anos Inês Pereira começou a actuar em palco e aos 18 seguiu os passos de outros músicos de Setúbal, que procuravam ir além no Fado, em Lisboa. Lugar onde a participação em concursos abriu novas portas e trouxe novas ligações.
“No Fado encontramos muita gente a cantar maravilhosamente e encontramos também muito companheirismo”.
“Somos só nós e a nossa voz”
A música também levou Inês Pereira às Marchas Populares de Setúbal. Madrinha da União Desportiva e Recreativa das Pontes, do Núcleo Bicross, do Clube Recreativo de Palhavã e Madrinha das Madrinhas. Quando entra na avenida para segurar a marcha o sentimento é inexplicável. “Durante 25 minutos não existe mais nada. Somos só nós e a nossa voz”.
Do futuro a fadista espera a gravação do primeiro álbum enquanto profissional. E na dedicação ao presente vai continuar a abraçar o Fado e as Marchas. Entre estes 20 artistas setubalenses sente “um grande orgulho e gratidão, por ter sido escolhida entre tantas vozes” e por estar ao lado da sua madrinha. “Celina da Piedade”.