A Valoris Fidelis Causa é um núcleo de velhas glórias, fundado em 2006, e que todos os anos se reúne num encontro, homenageando personalidades que foram e que são referências na história centenária do nosso Vitória Futebol Clube, que o honram e que o representam, sempre ao mais alto nível.
Da respectiva comissão fazem parte vitorianos de excelência, tais como Nicolau Tavares, o seu emérito e distinto presidente, este ano muito justamente homenageado, bem como Fernando Paixão, Fernando Tomé, Paulo Antunes e Pedro Venâncio. Inicialmente fizeram também parte do referido núcleo Gregório Cabumba, Fernando Carvalho e o nosso Campeão do Mundo, Mário Narciso.
Desta vez, o convite assumiu outros contornos, por motivos que irei explicar no fim. Seja como for, este convite é sempre aceite com muito orgulho.
E, portanto, no pretérito dia 9 de Dezembro de 2018, realizou-se a 14ª Gala Golfinho Verde. Estive à mesa na companhia privilegiada de José Duarte e mulher, seu filho José António Duarte e mulher, Paula Aguiar, bem como o prestigiado Joaquim Cotovio.
O evento teve o seu início com a atribuição do troféu de mérito a José António Duarte e Sandro Valente, funcionários de longa data do Vitória. De seguida, foram atribuídos os seguintes galardões: HISTÓRICO – Carlos Cardoso; PRESTÍGIO – Edmundo Silva; HONRA – José Martins; ACTUAL – Nuno Pinto; MÉRITO – António Aparício; PÓSTUMO – Eduardo Gaiveo; FIDELIDADE – José Miguel; ENTIDADE – Kia Portugal; PERSONALIDADE – Nicolau Tavares.
Um aspecto sempre recorrente nestas ocasiões, mas que não posso deixar de salientar, é a alegria genuína, o orgulho assumido e a emoção indisfarçável com que todos os homenageados receberam e recebem sempre tal distinção.
Deixei para o fim o Golfinho Verde (dedicação), que me foi atribuído.
Estive presente com a família e o galardão foi-me entregue pelas mãos de Nicolau Tavares. Nessa ocasião solene, afirmei que o galardão ainda me sabia melhor, horas depois da vitória do Vitória sobre o Paços de Ferreira.
Declarei que o recebia com muita humildade, orgulho e regozijo e que não conseguia conceber a minha vida sem o Vitória.
O Vitória Futebol Clube faz parte intrínseca de mim próprio, do meu ser, da minha essência, quase como se constituísse uma marca genética, o meu ADN.
Este ano, por feliz coincidência, a atribuição deste galardão coincidiu com a atribuição do emblema correspondente aos vinte e cinco anos de sócia do Vitoria, da minha filha Leonor.
Os dois momentos mais altos que marcaram esta gala, ocorreu quando o lendário Carlos Cardoso tomou a palavra, agradeceu o galardão, muito justamente atribuído, e descreveu exaustivamente toda a terminologia ridícula que os nossos comentadores desportivos usam e abusam nas suas análises pretensamente eruditas (pressão alta, pressão baixa, segunda bola, intensidade, defesa elástica, etc.) perante a hilaridade geral de toda a assistência.
O outro momento ocorreu quando Nicolau Tavares recebeu o “seu” galardão, e falou, como sempre acontece, com muito saber e emotividade, com toda a sua família presente, rodeando aquela que é actualmente uma das figuras incontornáveis do universo vitoriano.
Ao longo destes treze anos que assino este espaço de opinião semanal, já escrevi centenas de crónicas sobre o nosso Vitória Futebol Clube, abordando temáticas diversas, sempre com muito orgulho, satisfação e regozijo.
Nunca me cansarei de escrever sobre o Vitória.
A Valoris Fidelis Causa é constituída por um conjunto de pessoas que têm um profundo Amor, Dedicação e Carinho pelo nosso clube e através deste núcleo, materializam como ninguém o carácter intemporal do Vitória Futebol Clube.
Mais uma vez, muito obrigado pelo honroso convite, e também pela enorme distinção que me enche de um indisfarçável orgulho.
Bem Hajam!