27 Junho 2024, Quinta-feira

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Dragagens no Sado começaram ontem à noite

Dragagens no Sado começaram ontem à noite

Dragagens no Sado começaram ontem à noite

ALEX GASPAR|ALEX GASPAR

As dragagens no estuário do Sado, no âmbito do projeto de melhoria das acessibilidades marítimas ao porto de Setúbal, começaram ontem à noite, cerca das 21h00, confirmou o capitão do porto, Paulo Alcobia Portugal.

“Após o levantamento da suspensão das dragagens devido a uma providência cautelar que deu entrada no Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Almada, ficaram reunidas todas as condições legais para o início dos trabalhos, que começaram cerca das 21h00 de quinta-feira”, disse o responsável.

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Segundo o comandante, os primeiros sedimentos dragados, tal como tinha já sido anunciado pela Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS), “vão ser depositados na zona de ampliação do porto de Setúbal, junto ao `terminal ró-ró´, de embarque/desembarque de automóveis”.

ALEX GASPAR

Na terça-feira, o TAF de Almada mandou suspender provisoriamente o início das dragagens no estuário do Sado – que deveriam ter começado na quarta-feira -, na sequência de uma providência cautelar da associação SOS Sado.

Ontem, o TAF indeferiu o decretamento provisório das medidas cautelares reclamadas pela associação, pelo que já não existe qualquer impedimento legal para a realização das dragagens.

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O projeto de melhoria das acessibilidades marítimas ao porto de Setúbal prevê a retirada de cerca de 6,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos do estuário do Sado, que deverão ser depositados em três locais distintos: uma parte junto ao terminal ró-ró, para expansão dos terminais portuários de Setúbal, outra a sul da barra e uma terceira, a mais polémica, na zona da Restinga, que constitui uma das principais zonas de captura para uma comunidade de cerca de 300 pescadores.

O projeto da administração portuária de Setúbal tem sido muito contestado por algumas empresas do setor turístico e diversas associações cívicas e de defesa do ambiente – Associação Zero, Ocean Alive, Greve Climática Portugal, Clube da Arrábida e SOS Sado -, que reconhecem a necessidade de se fazerem regularmente dragagens de manutenção, mas contestam a dimensão do projeto de melhoria das acessibilidades.

Por outro lado, as associações de pesca de Setúbal não aceitam a deposição de dragados na Restinga, perto de Troia, precisamente uma das zonas indicadas para esse efeito na Declaração de Impacte Ambiental emitida pela Agência Portuguesa do Ambiente.

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Os pescadores dizem que esta é uma zona importante para a reprodução e captura diversas espécies, como o choco, linguado, raia, polvo, pregado e salmonete, e, por isso, fundamental para o sustento de uma comunidade de cerca de 300 pescadores.

Lusa

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