A Câmara procedeu a obras na rede de drenagem na Rua 1.º de Maio e, entretanto, começaram a surgir inundações na zona. Os socialistas foram ouvir quem ali mora ou trabalha e dizem que a intervenção não foi bem feita
A rede de drenagem de águas pluviais e de edifícios na Rua 1.º de Maio na Baixa da Banheira, concelho da Moita, tem vindo a causar problemas aos comerciantes da zona que falam de cheias e, inclusivamente, do deslocamento de uma tampa de esgoto que já levou à inundação, por duas vezes, de um café.
Em reunião de Câmara, o proprietário do espaço falava em entrada de “águas fluviais e esgoto” assim como do “mau cheiro”; duas situações que o fizeram “perder clientes”. Também um outro comerciante se levantou para reclamar sobre problema de cargas e descargas nesta zona, mas ao mesmo tempo reconhecia que as recentes obras vieram embelezar o local, apesar de “faltarem alguns detalhes”.
Para o presidente da Câmara da Moita, Rui Garcia, há de facto alguns “pormenores” a tratar na sequência das obras desta rede de drenagem, mas confia que serão “resolvidos com o teste do dia-a-dia”.
Entretanto, no passado fim-de-semana, os eleitos e dirigentes do PS da Moita estiveram na Rua 1.º de Maio onde ouviram os comerciantes. Em comunicado da Comissão Política Concelhia, dizem ter “tomado conhecimento dos problemas decorrentes das primeiras chuvas, que provocaram o levantamento de tampas e inundação de espaços comerciais”.
Depois de confirmadas as queixas apresentadas pelos munícipes na reunião de Câmara, os socialistas comentam que é “inequívoca a coincidência entre o aparecimento deste problema com as recentes obras da Rua 1º de Maio”. Os autarcas e dirigentes do PS afirmam ainda ter ouvido queixas da população “relacionadas uma vez mais com águas pluviais, que ameaçam levantar a calçada no cruzamento da Rua 1.º de Maio com a Rua Jaime Cortesão junto ao Montepio Geral”.
Consideram assim que depois das alterações executadas pela Câmara, “o passeio e as caixas multibanco ficam impossibilitados de utilizar dada a enorme quantidade de água que por ali corre quando chove, sendo que também os caixotes do lixo ficam impossível de ser utilizados dada a acumulação de água em redor dos mesmos”.