Já foi assinado o memorando entre o Estado Português e a ANA, com a presença do Primeiro Ministro António Costa, confirmando a localização do novo aeroporto na Base Aérea nº 6 de Montijo, no caso dos estudos que vão ser feitos de harmonia com a lei sejam favoráveis.
Até hoje, só se tem falado sobre os aviões low cost que transportam passageiros: turistas, emigrantes e homens de negócios, mas o aeroporto fica preparado para qualquer tipo de aviões.
Já escrevi sobre o interesse para o desenvolvimento de Montijo, o facto de existir aqui um aeroporto civil, uma vez que a Base Aérea tem cerca de 1.000 hectares e está muito perto do centro histórico de Lisboa, por via fluvial.
Penso, porém, que também nos deveríamos bater para que o nosso aeroporto fosse utilizado por aviões de carga.
O Montijo já foi um concelho com muitas indústrias que acabaram por não serem competitivas, mas os edifícios dessas fábricas ainda existem por toda a cidade, uns em ruínas e outros devolutos há dezenas de anos.
Nos últimos anos surgiram por esse mundo fora, novas áreas industriais nas periferias das cidades, muito próximas dos aeroportos, para ficarem mais perto dos locais onde são carregadas e descarregadas as mercadorias que são exportadas e importadas de avião.
Os nossos exportadores têm conseguido vender em mercados longínquos como são os Palop, Asiáticos, EUA, Canadá, América do Sul e países do Leste da Europa, onde os produtos perecíveis, só podem ser transportados de avião para lá chegarem em condições.
Na primeira metade do século XX, instalaram-se em Aldeia Galega/Montijo, dezenas de empresas com fábricas de cortiça que vieram para a nossa Terra, porque a totalidade da cortiça era para exportação e tinha custos mais reduzidos fazer o transporte por via fluvial em fragatas para o Porto de Lisboa.
Se os aviões de carga utilizarem o aeroporto de Montijo, têm muito espaço para estacionar e a nossa Terra volta a ter condições para aqui se instalarem empresas que necessitem dos aviões para transportar os seus produtos.