O Instituto Politécnico de Setúbal é um agente de desenvolvimento e coesão territorial, transformador da realidade e também uma garantia de equidade de acesso ao ensino superior.
Realizado pelo Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos, um estudo sobre o impacto económico dos institutos politécnicos em Portugal, publicado em Abril deste ano, diz que “ao longo dos últimos anos temos assistido ao aumento do interesse pela medição do impacto das Instituições de Ensino Superior em termos do seu desempenho académico e qualidade de ensino”. A ligação entre os Institutos Politécnicos e as regiões onde estão inseridos é a principal razão pela qual foram criados. Para além do seu papel pedagógico, as IES são também fundamentais no desenvolvimento socioeconómico das regiões onde estão inseridas e o caso do Instituto Politécnico de Setúbal não é excepção.
Mas recuemos até às características do distrito de Setúbal, que foi o último a ser criado, a 22 de dezembro de 1926. É actualmente considerado extremamente importante a nível geoestratégico no contexto nacional e europeu, sendo uma das principais portas de entrada na Europa. A sua localização, acessibilidade e recursos permitiram um movimento de modernização e crescimento económico que faz com que hoje seja apontado como um distrito que investe no ensino, na formação e na investigação e que tem um grande potencial para se desenvolver nas mais diversas áreas.
No que diz respeito aos processos de articulação e envolvimento do IPS com a região e o distrito, Joaquim Silva Ribeiro e Pedro Dominguinhos apresentam que a área de influência do IPS corresponde ao espaço territorial do Distrito de Setúbal, que tem uma população actual de cerca de cerca de 850 mil habitantes. A população setubalense apresenta um elevado índice de envelhecimento de cerca de 139,54, ainda assim inferior ao valor registado a nível nacional: 157,43. Também o nível da taxa bruta de natalidade se encontra superior à média nacional, com uma diferença de 9,3 para 8,5. Situação inversa regista-se ao nível da mortalidade, cuja taxa bruta apresenta um valor de 10,8, inferior à média nacional de 11,0.
No que à escolaridade diz respeito, em 2011, as taxas brutas de escolarização no ensino secundário registavam 19,1 por cento na Península de Setúbal. Relativamente às taxas de escolarização no ensino superior, os 14,3 por cento são um valor superior relativamente à média nacional de 13,8 por cento.
Em 2017, existiam no distrito de Setúbal 84.108 empresas não financeiras, que representavam 6,80 por cento do tecido empresarial nacional. Na Península de Setúbal, existiam 75.152 empresas que correspondiam a 89,35 por cento do distrito. O peso das microempresas no distrito, de cerca de 97,25 por cento, é superior ao registado a nível nacional. Relativamente ao emprego, em 2017 existiam no distrito de Setúbal 202.282 pessoas ao serviço de empresas, que representavam 5,20 por cento do total nacional. Da totalidade dos empregos, 89,83 por cento correspondiam à Península de Setúbal e 4,43 por cento aos concelhos do Alentejo Litoral. Da existência de um tecido económico alargado vem, naturalmente, o reflexo no poder de compra da população do distrito.
“Hoje, o IPS é um dos principais impulsionadores da economia local”
Inicialmente, o contributo do Politécnico de Setúbal centrava-se na sua capacidade de formação de jovens e da população activa, de forma a dotar as empresas de recursos humanos qualificados para responder aos desafios e hoje o IPS é um dos principais impulsionadores da economia local, responsável por cerca de dois por cento do produto interno bruto e 1,7 por cento do emprego gerado nos concelhos de Barreiro e Setúbal, podendo assumir-se também como um dos dinamizadores da vida económica, cultural, desportiva e social da região.
Dentro e fora do campus, o IPS tem o objectivo essencial de preparar, com elevado nível de exigência, os estudantes para o mercado de trabalho. Esta relação com a envolvente materializa-se, neste caso, através dos estágios curriculares, num volume anual que chega a ultrapassar os 1500 estudantes.
A AICEP Global Parques, a Associação da Indústria da Península de Setúbal e a Câmara Municipal de Setúbal são algumas das entidades a que o IPS se uniu em actividades de promoção da região como destino de turismo e de investimento. A participação do IPS em Associações Regionais tem sido também uma constante, bem como nas Plataformas Supra Concelhias do Alentejo Litoral e da Península de Setúbal, como forma de reforçar e contribuir para o desenvolvimento de toda a região. A relação do Instituto Politécnico de Setúbal com a região faz-se ainda a nível cultural, com centenas de actividades realizadas junto da comunidade, quer no campus quer nos diferentes espaços da cidade de Setúbal e do Barreiro. E no âmbito da responsabilidade social, com a participação empenhada de estudantes, trabalhadores docentes e não docentes em actividades pedagógicas com interacção com a comunidade. Participar nas campanhas do Banco Alimentar, fortalecer a parceria com a Ocean Alive ou cooperar no projecto Nosso Bairro, Nossa Cidade são também uma forma de o IPS colocar “o conhecimento e a tecnologia ao serviço da comunidade”.
– 639 docentes.
– 171 funcionários.
– 5872 estudantes.
– 51,9 por cento de docentes doutorados.
– um total de mais de 39 mil estudantes em 40 anos.
– PIB Regional de 3.299.929.
– um impacto total de 58.363€, extrapolado a partir das taxas de crescimento do PIB das NUT III para o período entre 2000 e 2016.
– tem um peso de 1,77 por cento no PIB.
– conta com financiamento público de 18.516.
– no nível de actividade económica gerada por cada euro de financiamento público marca 3.15.
– enquanto empregador, ocupa o segundo lugar na “posição de empregador”.
– criou 1.349 empregos, número calculado com base no conceito de produtividade aparente do trabalho.
– 1,47% de população activa.
– como multiplicador de empregos regista o valor de 1,66.