O PS da Moita anunciou que vai acompanhar o caso do desaparecimento de ossadas do Cemitério Municipal, referindo que são necessárias “respostas cabais” sobre os motivos que originaram a situação.
“Acumulam-se as ocorrências de que algo de muito errado está a acontecer na gestão dos ossários daquele Cemitério. Familiares e zeladores constatam o esvaziamento de alguns dos compartimentos destinados a urnas com os restos mortais dos seus familiares. Indagando do sucedido, um zelador recebeu a informação de que os mesmos foram retirados por lapso e tinham acabado por serem sepultados sem identificação, sendo por isso mesmo irrecuperáveis”, refere o PS em comunicado.
Ossadas desapareceram do Cemitério da Moita, com a autarquia a assumir que se tratou de um erro e que está a decorrer um processo de averiguações para apurar as causas. As famílias estão indignadas e uma já avançou com uma queixa no Ministério Público.
“No final do mês de Janeiro, foi detectada, pelo titular, a ausência da urna num ossário do Cemitério do Pinhal do Forno por si alugado. De imediato, a Câmara Municipal da Moita confirmou o facto e desencadeou um Processo de averiguações. Está em curso um inquérito aos serviços responsáveis e foi, entretanto, efectuada uma verificação da totalidade dos ossários dos cemitérios municipais”, refere a autarquia em resposta por escrito, depois de questionada pelo DIÁRIO DA REGIÃO.
A Câmara da Moita, liderada por Rui Garcia (CDU), referiu que no final de 2016 decorreu uma acção indevida dos serviços, lamentando o sucedido.
“Os factos até agora apurados revelam que ocorreu, no final do ano passado, uma acção indevida dos serviços municipais que procederam à remoção de quatro ossários que estavam devidamente ocupados”, esclarece, garantindo que vai procurar o apuramento completo das suas causas e circunstâncias.
O PS refere que já tinha ocorrido uma situação parecida em 2008 e salienta que são necessárias respostas.
“A delicadeza do assunto obriga a que o Partido Socialista, através dos seus eleitos nos órgãos do Município, acompanhe com atenção a forma como a Câmara Municipal está a tratar o assunto e, solidarizando-se com as famílias lesadas, irá exigir do executivo camarário, na pessoa dos seus responsáveis, respostas cabais sobre o sucedido”, acrescenta.