“Setúbal é porto de referência para navios-escola estrangeiros”

“Setúbal é porto de referência para navios-escola estrangeiros”

“Setúbal é porto de referência para navios-escola estrangeiros”

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Na 5ª edição da “Semana do Mar” o novo capitão do Porto de Setúbal aponta a proximidade do porto com a cidade como uma força motriz e acredita que o evento terá cada vez mais reconhecimento internacional

 

Paulo Alcobia Portugal presencia a primeira “Semana do Mar” em Setúbal, enquanto capitão do Porto de Setúbal, depois de ter assumido funções no dia 13 de Setembro. Ex-comandante do Navio Escola Sagres, que este ano não estará presente no evento, devido a preparação para a viagem à volta do mundo, prevista para 2020, no âmbito das comemorações de “Magalhães”, comenta a sua perspectiva sobre a Semana do Mar e a representatividade de Setúbal, lado-a-lado com portos internacionais.

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Expectativas da Capitania do Porto de Setúbal para esta edição da “Semana do Mar”?

A Capitania do Porto de Setúbal, assim como o Comando-local da Polícia Marítima será apenas um colaborador próximo do evento, dando o seu contributo para que o conjunto de acções programadas decorram em segurança e sejam mais um sucesso, como se registou nas edições anteriores.

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Por outro lado, sendo o comandante do Navio Escola Sagres de 2013 a 2015, participando com o navio na primeira “Semana do Mar” em 2014, tenho que assumir que este evento me diz bastante, pelo que, quer a título pessoal, como nas funções em que me encontro, tudo farei para que este ano seja mais um sucesso.

 

Este ano o Navio Escola Sagres não estará presente devido a reparações, mas contaremos com a presença do veleiro Fryderyk Chopin e da barquentina Pogoria.

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Tenho conhecimento que a Marinha Portuguesa muito gostaria de trazer o Navio Escola Sagres de novo a Setúbal, que tem sido presença habitual nos últimos eventos, mas encontrando-se atualmente em fase de preparação para a viagem de volta ao Mundo, prevista para 2020, no âmbito das comemorações de “Magalhães”, é fisicamente impossível essa presença.

Em alternativa a organização trará outros navios-escola e veleiros que permitem, por um lado manter a grande dimensão do evento e por outro, dando oportunidade à presença de outros navios, oferecer a todos os que visitem o evento novidades.

 

Sobre a zona portuária de Setúbal. Como considera que se posiciona em relação a outras, no país e a nível internacional, que também recebem as suas semanas dedicadas ao mar?

Deixo aqui uma referência muito interessante sobre a particularidade de Setúbal em termos de porto: a maioria dos portos nacionais tem as suas áreas de cais acostável cada vez mais afastadas da zona urbana, com incremento da componente comercial, o que obriga a algumas restrições ao nível das condições de acessibilidade e a não estarem preparados para a proximidade de navios-escola estrangeiros.

Tal não acontece em Setúbal, com a capacidade de os navios atracarem no cais 2 (vulgarmente chamado de Cais das Palmeiras) em pleno centro urbano, permitindo à população interagir com as tripulações destes navios.

Esta é uma circunstância que encontrei em diversas cidades por este mundo fora, em que atraquei com o navio Escola Sagres em pleno coração das cidades, facilitando o acesso das pessoas, bem como a interacção com as tripulações, caracterizando assim Setúbal como porto de referência para outros navios-escolas estrangeiros.

 

De que modo a Semana do Mar tem contribuído para a superação destes desafios e para a proximidade dos setubalenses ao rio e ao mar?

Não tenho dúvidas que a “Semana do Mar” já ganhou o seu espaço nos eventos ligados ao mar, a nível nacional. E, facilmente, com o incremento da presença de navios estrangeiros, quer navios-escolas, como navios de investigação ou de outras áreas, ganhará dimensão internacional. Esta diversidade de presenças funcionará também como potenciador para a projecção do evento e espero que este ano seja mais um sucesso, como foram as edições anteriores.

A ligação da comunidade de Setúbal e zonas envolventes com o porto, o Sado e as praias da região já é muito forte, mas estes eventos fortalecem ainda mais a união. Com as facilidades de acessibilidades existentes já são muitos os que procuram em Setúbal, a zona da Arrábida ou Tróia, com um local para descanso e usufruto dos seus tempos livres, pelo que será relevante essa preocupação de encontrar consensos entre as actividades comerciais e turísticas na zona, encontrando equilíbrios, em especial no que diz respeito à segurança.

Essa harmonia tem sido uma preocupação permanente no relacionamento com todas as entidades que usam e têm responsabilidades na área de jurisdição da Capitania do Porto de Setúbal.

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