As dificuldades que viveu na última temporada foram relatadas por Nuno Pinto num painel da Soccerex, na qual o jogador do Vitória discursou ao lado de Ricardo, Hélder Postiga e Hugo Almeida. O camisola 21 não se esqueceu dos adeptos na hora dos agradecimentos e admite que aprendeu a amar a cidade e o clube.
Nuno Pinto foi um dos oradores de um painel da Soccerex sobre as dificuldades sentidas ao longo da carreira. Ao lado do antigo guarda-redes Ricardo, do ex-avançado Hélder Postiga e de Hugo Almeida, que aos 35 anos continua a jogar como ponta-de-lança na Académica, o lateral-esquerdo do Vitória lembrou os momentos que viveu na última temporada, marcada por um linfoma que o afastou dos relvados em dezembro.
“Não é fácil para um profissional viver o que eu vivi. Normalmente quando se fala de profissionais de futebol, fala-se de saúde. O essencial é o psicológico, temos ser pessoas fortes e aceitar, pois há quem não aceite. Falei na altura com o doutor e ele disse que há tratamentos, então vamos à luta. Não me derrotou”, disse o jogador de 33 anos, que destacou a importância das pessoas mais próximas: “A família, os pais e os amigos foram importantes. O Vitória também. Olhavam para mim e sabiam que o meu aspeto tinha mudado, mas diziam que estava bem para me animar. O mais importante é o psicológico e acreditar que tudo vai dar certo.”
O lateral passou por vários clubes e países ao longo da carreira mas admite que o Vitória e os seus adeptos vão ficar para sempre na sua memória. As homenagens ao minuto 21, no qual as bancadas do Bonfim entoaram o cântico “Nuno Pinto, allez”, são momentos que o jogador garante que nunca irá esquecer. “Os adeptos optaram por esse minuto para me dar alguma força e conforto. Vai ser sempre um minuto especial e fará parte da cultura um clube especial. Sou do Porto mas Setúbal é uma cidade que me habituei a amar e o clube também. Pequenos pormenores fazem toda a diferença. Os adeptos do Vitória são diferentes dos outros. São especiais e são poucos, mas fazem-se ouvir e a mim fizeram sentir especial. No minuto 21, aplaudiam-me e esse é um momento que vou sempre recordar e contar aos meus filhos. São os maiores”, disse Nuno Pinto.
Derrota com Sporting em Alcochete
Para aproveitar a pausa competitiva, o Vitória deslocou-se a Alcochete para defrontar o Sporting, numa partida que os leões venceram pela margem mínima. Privado de Makaridze, Valido e Hachadi, Sandro Mendes lançou o guarda-redes Milton Raphael e os mais recentes reforços Jubal e Leandrinho no onze inicial.
Numa partida bem disputada e com várias oportunidades do Vitória, Guedes e Nuno Valente foram os primeiros a assustar mas o Sporting acabaria por chegar ao golo no início da segunda metade, por intermédio do avançado Vietto.
Milton Raphael, Sílvio, Jubal, Bruno Pirri, André Sousa, Leandrinho, Nuno Valente, Carlinhos, Mansilla, Berto e Guedes foram os titulares na equipa de Sandro Mendes, que utilizou ainda Mano, Artur Jorge, Baba Fernandes, Nuno Pinto, Semedo, Éber Bessa, Castro, Zequinha, Kigi e Mathiola. No lado do Sporting alinharam Renan, Rosier, Luís Neto, Ilori, Mathieu, Battaglia, Eduardo, Yannick Bolasie, Vietto, Jesé e Luiz Phellype, com o técnico Leonel Pontes a lançar também Flávio Nazinho, Echedey Carpintier, Matheus Nunes, Joelson Fernandes e Tomás Silva.
