Eduardo Rosa, presidente da Junta de Freguesia de Corroios, aponta a organização das festas como um exemplo da capacidade das autaqruias, neste caso das freguesias, que deveria merecer a atenção da Administração Central.
“A Festa, que é uma imagem de marca da nossa freguesia, decorre no quadro das tradições que foi criando ao longo do tempo”, começou por dizer o autarca a O SETUBALENSE – DIÁRIO DA REGIÃO.
Para Eduardo Rosa, tudo parece fácil. “Eu costumo dizer, recorrendo a uma certa ironia, que as Festas de Corroios poderiam arrancar em Fevereiro, já que por essa altura está já tudo alinhavado. Os feirantes inscrevem-se logo em Setembro e 90 por cento dos equipamentos são nossos, bem como todo o espaço em que está implantada a Festa”.
Donde se poderia concluir que a parte mais espinhosa seria a de estruturar o programa artístico. “Nada disso. Aliás, essa é a parte mais fácil”, contrariou. “ Desde que haja dinheiro, todos os artistas querem vir a Corroios. Aliás, muitos deles ficam logo apalavrados do ano anterior. Andamos há muitos anos nisto, vamos adquirindo experiência e conhecimentos, que aproveitamos para tornar mais fácil a organização de um evento desta envergadura”.
Eduardo Rosa calcula que passarão pela Festa entre 500 a 600 mil pessoas. “Vêm de todo o lado, de Lisboa e do Montijo, de Setúbal e do Barreiro, de muitos pontos do país, atraídas pela fama que justamente estas Festas alcançaram”. O autarca faz questão de vincar “que é uma junta, não uma câmara, que suporta os custos e toda a organização. As Festas de Corroios não custam um cêntimo à população, são custeadas pelos feirantes. É por isso que gostávamos que o Poder Central olhasse para nós com outros olhos, que valorizasse a nossa capacidade, que desse o real valor ao trabalho que as autarquias desenvolvem a favor das populações”.