O dia em que O SETUBALENSE foi maior que os nacionais

O dia em que O SETUBALENSE foi maior que os nacionais

O dia em que O SETUBALENSE foi maior que os nacionais

Na sexta-feira o jornal teve o dobro das páginas de todos os que estavam nas bancas. Quiosques reportam aumento das vendas

 

Na sexta-feira O SETUBALENSE foi o maior jornal nas bancas. Literalmente. Com 124 páginas, a edição de aniversário teve o dobro das páginas dos jornais nacionais, que contavam entre as 48 e as pouco mais de 60.

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As 124 páginas assinalaram os 164 anos do jornal mais antigo de Portugal continental.  “Surpresa”, foi a expressão mais usada por leitores sobre esta edição de aniversário. Durante a manhã no quiosque Esperança, na Avenida Luísa Todi, um dos pontos de venda de jornais, típico da cidade de Setúbal, O SETUBALENSE “vendeu mais do que o habitual”, afirma Aníbal que ali trabalha.

Mais à frente, na plataforma central da mesma avenida, sentado numa esplanada, o senhor António, talvez na casa dos 70 anos, diz ser leitor de O Setubalense “há 50 anos” e, até então, não tem ideia de uma edição tão alargada do jornal, por isso, o seu primeiro comentário é: “estranho”. E com “tanta página para ler”, folheia entre notícias ao mesmo tempo que afirma que “o jornal quando é mais pequeno também se lê bem”.

A mesma expressão foi usada por João António, vendedor na zona do peixe no Mercado do Livramento. Aliás, no considerado um dos mercados mais belos do mundo, O SETUBALENSE é frequente o suficiente para se ver em várias bancas. “Com tanta página vai levar um dia para ler”, comenta este leitor assíduo do jornal que há cerca de um ano passou a ser diário. “Interessante”, comenta, enquanto vai passando páginas e lendo títulos; “notícias interessantes”, acrescenta.

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Menos entusiasmado com as 124 páginas, também do lado da banca do peixe, o vendedor José Miguel analisa quase em surdina: “tão grande”. Mas, para si, o que importa é que o jornal traga “muitas notícias” e, de preferência “boas”, por isso, “com muitas folhas ou tamanho normal, leio O SETUBALENSE”, afirma.

Ainda no Mercado do Livramento, mas agora no lado da fruta, a vendedora Natalina acaba de comprar o seu O SETUBALENSE ao ardina Sérgio. “Compro todos os dias”, afirma, e também ela foi apanhada de surpresa com o número de página desta edição especial. “É pesado. Quando peguei no jornal pensei que eram várias edições. Fiquei surpreendida por ser uma só”, diz.

Na passadeira que atravessa a Avenida Luísa Todi, da Praça do Bocage para o lado do Livramento, António Carinhas segue com o jornal debaixo do braço. “Sou do campo, e só compro uma vez por semana, quando venho à cidade”, explica. O campo é a Aldeia Grande, a caminho de Azeitão. O leitor, por coincidência, é tio de Teodoro João, antigo jornalista d’O SETUBALENSE. Sobre o jornal que comprou, diz que “está muito maior, tem muito mais páginas”, porque ainda não teve tempo de ler.

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Se ao fim da manhã o quiosque Esperança só já tinha três exemplares para venda, num outro ponto de venda no centro da cidade de Setúbal restava apenas um no expositor. “A sexta-feira é um dos dias em que O SETUBALENSE vende bem, mas hoje, venderam-se mais”, avalia que está por detrás do balcão. E, pelos comentários que se ouviam entre quem lia o jornal, o tamanho fez mesmo a diferença conjuntamente com as notícias, umas melhores que outras, não pela escrita, mas pelo conteúdo.

“Nos partidos andam zangados”, comentava um leitor; “nem em todos”, respondia-lhe do outro lado da mesa na esplanada. Bem, os “passes mais baratos já chegam ao Alentejo”, acrescentava quem lê; e assim iam as notícias comentadas de boca em boca na manhã de sexta-feira, deste que é “O jornal que queremos fazer todos os dias”.

 

Fotos: Maria Coelho

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