Cardeal Américo Aguiar pede oração pela paz contra guerras e “possível capitulação” da Ucrânia

Cardeal Américo Aguiar pede oração pela paz contra guerras e “possível capitulação” da Ucrânia

Cardeal Américo Aguiar pede oração pela paz contra guerras e “possível capitulação” da Ucrânia

Bispo de Setúbal pede aos católicos que sejam “capazes de amar verdadeiramente o outro neste Natal” e que procurem “não esquecer a guerra”

O cardeal Américo Aguiar pediu esta terça-feira aos católicos que rezem pela paz num tempo em que “há uma “Terceira Guerra Mundial aos bocadinhos” e está a ser imposto à Ucrânia um plano que implica a sua “possível capitulação”.

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“Enquanto escrevo estas linhas, o mundo assiste à possível capitulação do povo ucraniano”, refere Américo Aguiar, na sua mensagem de Advento, pedindo aos católicos que respeitem o outro num contexto em que muitas pessoas irão passar um Natal de sofrimento.

Os Estados Unidos propuseram um acordo que põe fim à guerra na Ucrânia, impondo várias concessões territoriais e cedências políticas, criticadas por observadores e analistas, que consideram a proposta inicial muito penalizadora para Kiev.

“Não sei como será vivido o Natal na Ucrânia, nem em Gaza, nem em Myanmar, nem em Cabo Delgado, na Venezuela, [nem] em tantos outros pontos do nosso mundo onde se vive a ‘Terceira Guerra Mundial aos bocadinhos’, como nos dizia o Papa Francisco”, disse Américo Aguiar, o único cardeal português que lidera uma diocese, a de Setúbal.

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“Mas sei que há fome, há destruição, há medo. Há famílias desfeitas, crianças órfãs. A guerra foi, é e será sempre o pior de todos os males de que o homem é capaz, porque anula, destrói e corrompe a dignidade humana, aquela a que todos somos elevados desde o momento em que nascemos”, acrescentou.

Por isso, Américo Aguiar pede aos católicos que sejam “capazes de amar verdadeiramente o outro neste Natal” e que procurem “não esquecer a guerra que assola o mundo”.

“Que sejamos capazes de partilhar o que somos e o que temos, mesmo o que nos pode vir a fazer falta”, resumiu o cardeal português, que preferiu destacar esta preocupação em vez do simples respeito dos rituais católicos do advento ou do Natal.

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“Bem sei que hoje parece impossível dissociar o Pai Natal carregado de presentes, deste tempo que nos é dado viver”, ano após ano, mas é “possível não criar expectativas nas crianças, sobre brinquedos e mais brinquedos e, antes pelo contrário, plantar nos seus pequeninos corações a semente da generosidade que se faz atenção aos que menos têm”.

Além disso, “é possível transformar ofertas materiais em visitas aos hospitais, às prisões, em sorrisos que não se compram, nem vendem” e é ”possível ter um lugar vazio nas nossas mesas, disponível para quem nos bata à porta”.

Para tal, “basta uma decisão firme de viver este Advento e Natal, como se fosse o único e não mais um”, resumiu.

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