CT da Autoeuropa aponta o que considera serem aspetos negativos das alterações propostas pelo Governo no novo pacote laboral
A Comissão de Trabalhadores (CT) da Autoeuropa anunciou esta sexta-feira que vai aderir à greve geral de 11 de dezembro contra o pacote laboral proposto pelo Governo, que considera ser “um ataque aos direitos dos trabalhadores”.
Segundo um comunicado da CT da fábrica de automóveis da Volkswagen em Palmela, a greve geral, convocada pelas centrais sindicais UGT e CGTP, “é uma resposta necessária e justa ao pacote laboral que o Governo quer impor, e que representa um ataque frontal aos direitos conquistados durante décadas”.
“A justificação do Governo para o aumento de produtividade esbarra no exemplo da Autoeuropa que há muitos anos é uma das empresas mais produtivas do Grupo Volkswagen e de Portugal”, salienta o comunicado, que apela para uma participação massiva de todos os trabalhadores na greve geral.
A CT da Autoeuropa aponta o que considera serem aspetos negativos das alterações propostas pelo Governo no novo pacote laboral, designadamente a facilitação dos despedimentos, aumento da precariedade, aumento da desregulação dos horários e maior exploração do trabalho por turnos e fins de semana.
O alargamento dos serviços mínimos, esvaziando o direito à greve, a possibilidade de ‘compra’ de férias, redução de direitos parentais e a facilitação do recurso das empresas ao ‘outsourcing’, são outros aspetos da proposta de alteração das leis laborais, que a CT da Autoeuropa considera serem um ataque aos direitos dos trabalhadores.
“No dia 11 de dezembro, estaremos juntos com milhares de trabalhadores em todo o País, contra o pacote laboral, a precariedade e o ataque aos direitos [dos trabalhadores]”, lê-se no comunicado da CT da Autoeuropa.