PS e CDU entendem-se para a governação de Almada e IL diz que almadenses foram desrespeitados

PS e CDU entendem-se para a governação de Almada e IL diz que almadenses foram desrespeitados

PS e CDU entendem-se para a governação de Almada e IL diz que almadenses foram desrespeitados

Vereadores da CDU vão gerir dois pelouros a tempo inteiro e um outro a meio tempo

O PS, que governa a Câmara de Almada pela mão de Inês de Medeiros, e a CDU finalizaram um acordo, ontem, para a governação da câmara durante o mandato 2025/ 2029. Ao que O SETUBALENSE sabe, trata-se ainda de um pré-acordo, uma vez que este ainda não foi formalmente assinado por ambas as partes.

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O que para já está definido é que os três eleitos comunistas vão receber dois pelouros a tempo inteiro, mais um outro a meio tempo. Portanto, a CDU assumirá a condução executiva dos pelouros Higiene Urbana e Frota, Intervenção Social e Saúde, presidência dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS), cuja administração integrará um vogal nomeado pelo PS e um segundo vogal por mútuo acordo, e Movimento Associativo e Casa das Associações – para apoio logístico, técnico e jurídico. Uma distribuição que é anunciada pela própria CDU em nota de Imprensa.

Relativamente aos Orçamentos para 2026 da Câmara Municipal de Almada, SMAS e WeMob, afirma a CDU que se compromete a examinar as propostas a apresentar pela presidente da Câmara Municipal, “sendo condição necessária para a sua viabilização, quer a garantia de meios para a ação nos pelouros que estarão à sua responsabilidade, quer a aplicação da Opção Gestionária e a aplicação do Suplemento de Penosidade e Insalubridade, nos termos referidos pela CDU no documento Questões de Princípio”.

Aprovado que seja o Orçamento para 2026, “é admitida uma revisão orçamental quando forem conhecidos os resultados da auditoria à situação financeira da Câmara Municipal, que promova o ajustamento das necessidades levantadas”, refere a CDU.

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Um dos partidos que, mesmo sem ter vereadores eleitos à Câmara Municipal, já reagiu a este entendimento entre socialistas e comunistas foi a Iniciativa Liberal (IL) que embora considere este acordo “legítimo institucionalmente”, considera, contudo, que este é um “desrespeito ao eleitor almadense, por tal hipótese nunca ter sido colocada durante a passada campanha eleitoral”.

Em nota de Imprensa, lembra que a IL, pela voz do seu candidato, Carlos Alves, “apresentou sempre a sua candidatura como de oposição ao Bloco Central formado pelo PS-Almada e PSD-Almada, mas também contra o regresso da CDU Almada ao poder”.

Afirmando que este entendimento foi “negociado à porta fechada e apenas após as eleições”, considera a IL que, “não obstante a sua legitimidade institucional e condições de governabilidade que trará ao executivo municipal, confirma aquilo que os almadenses rejeitaram durante quatro anos: a perpetuação de um sistema de governação feito sem respeito pelos cidadãos, da manutenção do poder pelo poder, por parte do PS Almada e a capitulação política da CDU Almada”.

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Acrescenta IL no mesmo comunicado, que “após anos de críticas ferozes da CDU Almada à gestão do PS Almada e às práticas da presidente Inês de Medeiros, o que hoje se apresenta é uma contradição evidente: quem acusou o PS Almada de má gestão, aceita agora integrar o executivo, assumindo pelouros e participar diretamente no modelo que condenou”.

E termina o mesmo documento garantindo que a Iniciativa Liberal – Almada “reafirma que estará na Assembleia Municipal como oposição firme, vigilante e construtiva. Fiscalizará cada decisão, cada euro gasto, cada alteração orçamental e cada consequência deste acordo que retira aos almadenses a clareza política que merecem”.

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