Fernando José queria presidência dos SMS e pelouros para todos os vereadores do PS

Fernando José queria presidência dos SMS e pelouros para todos os vereadores do PS

Fernando José queria presidência dos SMS e pelouros para todos os vereadores do PS

O socialista enviou a Dores Meira condições para um acordo de governabilidade. Atuação apanhou de surpresa o PS e gerou mal-estar

Fernando José queria ficar com a presidência do Conselho de Administração dos Serviços Municipalizados de Setúbal (SMS) e com a coordenação da delegação de competências para as freguesias. As pretensões do vereador, que preside à Concelhia de Setúbal do PS, foram manifestadas a Maria das Dores Meira, após as autárquicas de 12 de outubro, e englobavam ainda a atribuição de um conjunto de outros pelouros para os restantes membros do partido que foram eleitos para o executivo municipal.

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As condições foram apresentadas à nova presidente da Câmara Municipal, em contacto informal que visava um acordo de governabilidade entre o movimento independente e os socialistas. Fontes do PS admitiram a O SETUBALENSE que a atuação de Fernando José causou surpresa e “provocou” profundo “mal-estar” no seio dos socialistas.

Em entrevista a O SETUBALENSE, publicada no passado dia 30, Fernando José garantia que “não aceitaria um pelouro numa gestão liderada por Dores Meira”. “Se me fosse colocada uma proposta para aceitar um pelouro numa gestão liderada por Dores Meira e pelo movimento independente, eu não aceitaria qualquer pelouro, nem integrar esse mesmo executivo com o pelouro”, disse então o socialista.

Porém, esta posição está longe de ser consentânea com aquela que foi a prática adotada pelo autarca, após as eleições. O SETUBALENSE sabe que Fernando José apresentou, através de troca de mensagens, um conjunto de condições que pretendia ver satisfeitas por Dores Meira.

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Integraram as propostas feitas pelo socialista, para um entendimento de governabilidade, o “pelouro dos SMS” com a respetiva “presidência do Conselho de Administração” e a possibilidade de ficar com a “coordenação do protocolo de delegação de competências com as freguesias”. Além disso, Fernando José pretendia que ficasse entregue a um vereador do PS um cargo de “vogal na administração dos SMS, sem pelouro e sem permanência”, a ser “remunerado pelos SMS”.

Propunha também para um vereador do PS o “pelouro da Ação Social e Habitação, em regime de permanência e tempo inteiro”, para outro a responsabilidade por “mercados, atividades económicas e/ou saúde, em regime de permanência e tempo inteiro”, e pedia ainda a “presidência da Escola Profissional de Setúbal”.

A presidência dos SMS e vários dos referidos pelouros foram pretensões desde logo rejeitadas por Dores Meira, que, no entanto, deixou ainda a porta aberta para continuar a negociar com o socialista, apurou O SETUBALENSE. Só que o processo não viria a conhecer qualquer evolução.

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Confrontado por O SETUBALENSE com as propostas que fez chegar a Dores Meira, Fernando José mantém a versão que já havia dado na entrevista de 30 de outubro. E reitera: “Não é verdade! Não houve propostas de pelouros, nem da parte do PS nem da parte do movimento independente. Houve um contacto informal, que ficou por isso mesmo”.
O socialista afiança ainda que ficou definido “desde a primeira hora que os vereadores do PS iriam assumir o mandato na oposição, sem aceitar qualquer pelouro”.

Nas eleições de 12 de outubro, o movimento independente liderado por Dores Meira conseguiu para a Câmara Municipal quatro mandatos (incluindo a presidência), o PS outros quatro, o Chega dois e a CDU um.

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