Ricardo Castro: “O LIVRE a nível distrital e nacional está satisfeito com o seu resultado no Montijo”

Ricardo Castro: “O LIVRE a nível distrital e nacional está satisfeito com o seu resultado no Montijo”

Ricardo Castro: “O LIVRE a nível distrital e nacional está satisfeito com o seu resultado no Montijo”

O autarca analisa a estreia do partido em autárquicas no concelho montijense e só lamenta que Alexandra Nascimento não tenha sido eleita vereadora

O LIVRE só apresentou listas candidatas a três dos órgãos autárquicos do Montijo: à Câmara, à Assembleia Municipal e à União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro. Conseguiu eleger para estes dois últimos órgãos, naquela que foi a sua estreia em autárquicas no concelho.
Em entrevista a O SETUBALENSE e à Rádio Popular FM, Ricardo Castro, eleito para a Assembleia Municipal, faz o balanço ao resultado do partido, que, pela votação registada, parece ter ocupado o espaço anteriormente preenchido pelo BE. E admite que a estabilidade governativa conseguida por Fernando Caria no executivo municipal é importante.

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O LIVRE estreou-se este ano em autárquicas no Montijo e elegeu um membro para a Assembleia Municipal, o senhor, e outro para a União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro (Miguel Dias). Como se sente por ter sido o candidato do LIVRE que conseguiu melhor resultado?
Creio que o mérito não se poderá atribuir a mim diretamente, é coletivo. Há uma componente atribuível à boa exposição nacional que o partido tem e à excelente prestação que a nossa candidata à Câmara Municipal, Alexandra Nascimento, teve. Depois também tem muito a ver com o facto das pessoas não colocarem muitas vezes o mesmo voto para os diferentes órgãos, para permitir que haja aqui também um certo contrabalanço na forma como se faz política. Isso parece-me até desejável, parece-me uma forma inteligente da população se comportar perante os atores políticos. Creio que ainda haverá tempo para eu um dia, eventualmente, poder ter um pouco mais de projeção e poder empurrar resultados, não foi o caso desta vez.

O LIVRE apresentou listas candidatas à Câmara, à Assembleia Municipal e à Assembleia da União das Freguesias. Acha que se tivessem concorrido aos restantes órgãos autárquicos teriam conseguido mais eleitos? Há algum arrependimento no partido por não o terem feito?
Não. Isto foi muito debatido a nível distrital na preparação das autárquicas. Uma das coisas que nós queremos mostrar é que isto não é só a avidez de conseguir resultados e de conseguir lugares, é também ter projetos políticos, ter figuras que representem bem os valores, os programas, e esse foi um elemento chave na nossa seleção. Ainda se colocou a hipótese de Sarilhos Grandes e, eventualmente, Pegões. Chegámos à conclusão de que ainda não temos a dimensão na implementação local que permita constituir listas para fazer a campanha, num primeiro momento, e depois, sendo eleitos, conseguir-se fazer então um mandato com a qualidade que nós achamos que tem de haver.

Sentem-se satisfeitos com os resultados obtidos?
É agridoce, porque gostaríamos mesmo muito de ter a Alexandra como vereadora, porque acho que ela teria um papel interessante e o Montijo iria usufruir de uma vereadora com a sua qualidade. Mas, por outro lado, estamos satisfeitos, porque cumprimos os objetivos definidos: um mandato para cada um destes dois órgãos [Assembleia Municipal e União das Freguesias]. O partido a nível distrital e nacional está satisfeito com o seu resultado no Montijo.

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Considera que o LIVRE no Montijo passou a ocupar o espaço do BE, já que obteve sensivelmente a mesma votação que o BE havia conseguido nas autárquicas de 2021 e que nestas eleições o BE não foi a votos para apoiar o movimento independente?
Não sei se vamos ocupar completamente, porque apesar de partilharmos visões sobre o ambiente social, as necessidades e os direitos, depois há muita outra coisa onde também não somos assim tão iguais. Eventualmente, se eles continuarem a não se apresentar [a votos], nós vamos ocupando esse espaço. Há lugar para toda a gente. Espero que o BE esteja por aí e que apresente as suas ideias.

Como interpreta os resultados do LIVRE a nível distrital, que além de eleger a solo também o conseguiu em coligação com o BE (e também com o PAN)? Pode o alinhamento entre o LIVRE e o BE estar comprometido para o futuro?
Creio que o alinhamento era pontual, não fizemos acordos para o resto das nossas vidas políticas, fizemos um acordo para estas eleições autárquicas. Estamos a fazer a nossa avaliação interna, o BE estará a fazer também. Em termos de projeção, nós ganhámos alguma coisa. O LIVRE quer fazer o seu percurso, isso posso dizer-lhe, um percurso muito positivo, muito virado para uma ideia de cidade, para uma ideia de espaço urbano.

Fernando Caria fechou um acordo com o vereador do PSD para garantir estabilidade governativa no executivo municipal. Que leitura faz sobre este entendimento?
Acho que a boa notícia é que haja estabilidade, isso é importante. Não havendo acordo, acho que os partidos são responsáveis e assumiriam o seu papel também, para não estarem a fazer uma política negativa. Apesar de tudo, assim temos, teoricamente, mais garantias de estabilidade. Agora é esperar para ver quais serão as primeiras opções. Os programas eleitorais são conhecidos, têm todos boas ideias, têm outras com as quais nós não concordamos tanto. O que desejo, sobretudo, é que Fernando Caria faça um excelente mandato, porque esse é o desejo de qualquer pessoa que vive no Montijo. Há questões a que vamos estar muito atentos, vamos ser propositivos na margem de manobra que conseguirmos ter, sempre numa cultura de colaboração.

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