“Normalmente, as pessoas têm medo da fragilidade. Esta peça tem menos de dois milímetros de espessura”, diz o autor
“Não sei como aqui estou”, do artista plástico António Nobre, foi a peça premiada na terceira edição da Amplitude – Exposição Coletiva de Cerâmica que celebrou o universo criativo associado ao trabalho em cerâmica, ocupando vários espaços do Solar dos Zagallos.
O artista recebeu a distinção no passado sábado, dia do encerramento da exposição coletiva de cerâmica Amplitude.
“Normalmente, as pessoas têm medo da fragilidade. Esta peça tem menos de dois milímetros de espessura, mas não é por ser mais frágil que deixa de ser bela. Nós somos frágeis desde que nascemos até que morremos”, disse o autor, fazendo uma analogia entre a fragilidade da obra e da vida.
Na base da escolha do júri, estiveram “aspetos técnicos, qualidade artística e o conceito da obra”, explicou Carlos Ribeiro, do coletivo artístico O Porco Voador, entidade organizadora da Amplitude.
Este ano, a exposição contou com obras de 41 artistas selecionados entre 52 candidaturas.
A Amplitude – Exposição Coletiva de Cerâmica é uma iniciativa que mostra ao público obras de artistas emergentes.
A escultora Virgínia Fróis, que idealizou a instalação “Em Cadeia” para a Capela do Solar, foi a artista convidada desta edição.