Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa pede “dinâmica” e “realidade” à administração da empresa

Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa pede “dinâmica” e “realidade” à administração da empresa

Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa pede “dinâmica” e “realidade” à administração da empresa

Negociação do novo acordo laboral não está a decorrer ao ritmo pretendido. Trabalhadores recusam-se a perder direitos conquistados

A um “ritmo mais dinâmico” e com base na “realidade atual da fábrica” – é assim que a Comissão de Trabalhadores da Volkswagen Autoeuropa pretende que a negociação do novo acordo laboral com a administração da empresa decorra daqui para a frente. Já lá vão quatro reuniões desde o início do processo negocial, a 24 de outubro, e segundo a entidade que representa os trabalhadores ainda se está longe de alcançar fumo branco.

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Além disso, a Comissão de Trabalhadores (CT) deixa um aviso à empresa responsável pela fábrica de Palmela: “De forma alguma aceitaremos propostas que representem retrocessos em relação às conquistas já alcançadas”, lê-se num comunicado da CT, enviado à redação de O SETUBALENSE.

“Após quatro reuniões com a empresa, entendemos e continuamos a pressionar para as negociações decorrerem a um ritmo mais dinâmico”, revela aquela estrutura representativa dos trabalhadores, que é presidida por Rogério Nogueira.

No documento, é criticada a postura da administração da empresa até ao momento. “Como tem acontecido em processos anteriores, a empresa apresentou nas primeiras reuniões um cenário profundamente negativo, em contraste com o discurso otimista e confiante transmitido há poucos meses a todos os trabalhadores e à Comunicação Social, durante as visitas à fábrica de membros do Governo e Presidente da República.” E adianta: “Consideramos importante que o processo negocial decorra com base na realidade atual da fábrica, marcada por resultados sólidos e perspetivas futuras positivas”.

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Como exemplo, a CT aponta os resultados obtidos com a produção do T-Roc, modelo de referência da Autoeuropa, que “tem sido um sucesso sustentado em produção e vendas, consolidando Palmela como uma das unidades mais produtivas e rentáveis do Grupo Volkswagen”.

A terminar, a CT diz manter “o compromisso em alcançar um bom acordo para todos os trabalhadores”, de forma a que o mesmo “valorize o contributo de cada um, melhore salários e condições de trabalho”.
Até ao momento, O SETUBALENSE não conseguiu contactar a administração da Autoeuropa.

Manifestação Pacote laboral do Governo é para combater com greve geral

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À margem da negociação com a empresa, a entidade presidida por Rogério Nogueira juntou-se à Coordenadora das Comissões de Trabalhadores do Parque Industrial da Autoeuropa na manifestação realizada no último sábado, em Lisboa, contra o novo pacote laboral do Governo. Segundo Rogério Nogueira, aderiram ao protesto “cerca de cinco dezenas de trabalhadores” da fábrica de Palmela (foto acima).
Ainda de acordo com o responsável, face à intransigência do Governo nesta matéria, a Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa defende que devem ser criadas as condições para uma greve geral, com o envolvimento das duas centrais sindicais, CGTP e UGT, e sindicatos independentes.

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