Afonso Brandão, presidente da concelhia de Palmela do Chega, afirma que PS e CDU voltaram a unir-se “apenas para manter o poder”

O Chega foi a força política mais votada, no passado dia 12, para a Assembleia Municipal de Palmela, mas a presidência da mesa do órgão deliberativo continua nas mãos dos socialistas. Nesta terça-feira, durante a cerimónia de eleição da Mesa da Assembleia Municipal, PS e CDU apresentaram, em conjunto, uma lista que permitiu derrotar aquela que foi apresentada pelo Chega.

Afonso Brandão, que preside à concelhia de Palmela do Chega, lamenta o acordo entre PS e CDU – que valeu a eleição de João Pedro Leitão (presidente), Diamantino Pereira (1.º secretário) e Érica Ribeirinho (2.º secretário) –, situação que considera legítima, mas injusta. E lembra que o exercício da democracia é muito mais do que o estabelecimento de alianças entre forças políticas.

“Hoje [quarta-feira], o Chega recorda ao concelho de Palmela que a democracia não se mede apenas por quem faz alianças, mas por quem tem a confiança do povo. Ganhámos as eleições para a Assembleia Municipal, mas PS e CDU voltam a unir-se apenas para manter o poder. É legítimo, mas não é justo. E é por isso que o Chega continuará a liderar – não pela mesa, mas pela verdade e pela força da vontade popular”, afirma Afonso Brandão, num curto comunicado enviado à redação de O SETUBALENSE.

Além de liderar a estrutura local do Chega, Afonso Brandão foi cabeça de lista pelo partido à Câmara Municipal, sendo eleito para a vereação.