Socialistas lideram agora o mapa autárquico da região. Dores Meira, Fernando Caria e Bruno Gonçalves triunfantes. Chega bateu à porta do poder, mas não conseguiu entrar
O PS foi o vencedor da noite eleitoral de ontem no distrito de Setúbal, ao conquistar o mesmo número de câmaras municipais que conseguira em 2021, embora agora com uma configuração diferente, em termos de mapa autárquico, da alcançada há quatro anos: os socialistas mantiveram Alcochete e Barreiro (ambas com maioria absoluta), Almada e Moita, perderam Montijo e Sines, mas conquistaram Alcácer do Sal (maioria absoluta) e Grândola. O PS passou a ser a força política com mais câmaras no distrito (por troca com a CDU) e conseguiu ainda manter o poder em Odemira, do distrito de Beja, mas que integra o litoral alentejano.
Porém, as principais “surpresas” foram protagonizadas por movimentos independentes, com três triunfos. A começar por Setúbal, onde Maria das Dores Meira se impôs sobre as demais candidaturas, prosseguindo por Montijo, com a vitória de Fernando Caria, e terminando em Santiago do Cacém, com Bruno Gonçalves a conquistar um bastião comunista (o concelho alentejano era liderado pelo PCP desde 1976).
Já a CDU, que à partida para estas eleições detinha sete câmaras municipais, ficou reduzida a apenas quatro. “Roubou” Sines ao PS, com triunfo de Álvaro Beijinha, e manteve Palmela, com Ana Teresa Vicente a voltar a liderar a autarquia – tal como sucede com Dores Meira em Setúbal –, Seixal, com um primeiro triunfo de Paulo Silva como cabeça de lista, e Sesimbra, com a reeleição de Francisco Jesus. Em sentido inverso, perdeu Setúbal com estrondo (caiu do poder para quarta força mais votada), Alcácer do Sal e Grândola, para o PS, e Santiago do Cacém, para o independente Bruno Gonçalves.
O Chega, que cresceu substancialmente em número de eleitos, “bateu à porta” do poder, mas não conseguiu entrar.
Nota para o facto de apenas se terem registado maiorias absolutas em três dos 13 concelhos do distrito: Alcochete, Barreiro e Alcácer do Sal.