No Palco Paz do Festival da Liberdade, são as vozes e os ritmos da nossa região que se fazem ouvir
10 bandas pisam o Palco Paz ao longo do Festival da Liberdade, cuja edição deste ano acontece em Santiago do Cacém, entre os próximos dias 28 e 30 de Junho. O SETUBALENSE – DIÁRIO DA REGIÃO esteve à conversa com alguns dos grupos que representam a região a fim de perceber quais as suas expectativas e que importância tem a sua participação neste evento dedicado à juventude.
Yannick Vez é o artista proveniente do município anfitrião do Festival da Liberdade 2019. De Santiago do Cacém, Yannick Vez, e a sua banda, João Pika, Alexandre Barradas, André Martins e Gonçalo Mahú, actuam no primeiro dia do festival, pelas 22h00. “O nosso álbum foi gravado no ano passado, na República Dominicana”, contam. James Bay, Ed Sheeran e Damien Rice são algumas das inspirações para Yannick e a sua banda que marcam pela primeira vez presença num festival e consideram que o Festival Liberdade é “sem dúvida importante para dar a conhecer novos talentos”.
Evento dá a conhecer talento e trabalho desenvolvido pela juventude da região
Tiago Chança, Francisco Araújo, Daniel Franco, João Peixito e Pedro Figueiredo são os The Groovers e são de Sesimbra. Participam pela primeira vez no festival e por isso as expectativas só podiam ser positivas. “A nossa inspiração são os vários acontecimentos do quotidiano, e sob esse ponto de vista que escrevemos, criamos e elaboramos os nossos temas”, começam por dizer. “Fomos contactados pelo Gabinete da Juventude da Câmara Municipal de Sesimbra para participar, aceitámos sem olhar para trás e lá estaremos então, no dia 29, pelas 21h00, para mostrar que o concelho de Sesimbra tem ‘Groove’”, adiantam, realçando a importância que o festival tem por permitir dar a conhecer o trabalho e os projectos da juventude da nossa região.
Por sua vez, Miguel Berkemeier, no violino, Ricardo Sousa, na guitarra, André Diogo, no baixo, e Tiago Pratas, na bateria, formam a banda Cursed Cliff, de Almada, que pisa o palco às 18h00 de dia 29. O projecto “começou na Costa de Caparica nos finais de 2012 pelo Ricardo e pelo Miguel, que se lembraram de criar uma banda de originais com o nome inspirado na Arriba Fóssil da Costa de Caparica”, começam por dizer os quatro amigos que têm nas suas criações “um estilo muito próprio que representa uma fusão de numerosos estilos” e deixam o desafio e o convite: “o nosso estilo é complicado de catalogar e cabe ao ouvinte decidir”. Para os Cursed Cliff, é “bastante importante marcar presença neste festival, pela primeira vez e será uma excelente forma de nos divulgarmos. Temos expectativas bastante altas quanto a esta actuação”, que terá lugar num festival “que promove o contacto entre jovens das mais variadas partes do distrito e das mais diversas áreas e o facto de todos os anos o festival ser realizado num concelho diferente é sem dúvida uma excelente ideia”.
Objectivo: manter vivos o rock e a música no geral
Concordando com o importante papel que o festival desempenha na apresentação, divulgação e lançamento da música que se faz na nossa região, os In Extremis são uma banda de originais de rock português do Seixal que pretende “provar que ainda é possível fazer boa música rock”. Estão neste momento a promover os singles “Boomerang” e “Procura”. “Desde o nosso início, em 2015, tentamos fazer com que o rock se mantenha vivo, especialmente o rock cantado em português. Temos muitas e diversificadas fontes de inspiração, desde o metal ao grunge, do hard-rock ao punk entre outros”, referem, acrescentando que o Festival da Liberdade, onde também actuam pela primeira vez, no dia 29, pelas 17h00, “apoia a música que é feita em Portugal e por isso fazer parte deste projecto para nós significa muito”.
Brazil Dub é um projecto criado por Renato Emerson Metal e Junior Bah há cerca de 9 anos e que ficou em segredo até 2017, ano em que a dupla decidiu apresentar a sua música. Em 2018, vieram do Brasil e foi já em terras portuguesas que lançaram o seu primeiro EP. A Renato e Júnior, juntam-se Nego Leo, Brasileiros/Jeremy Naud e Francês/Bakka DJ Português. “O que nos move é a amizade e a vontade de fazer boa música juntos, fazemos reggae e dub com muitas influências. Somos uma banda de originais com muita personalidade”, adiantam a O SETUBALENSE – DIÁRIO DA REGIÃO. Participar no Palco Paz no Festival da Liberdade, com actuação marcada para dia 29, às 22h00, é para a banda da Quinta do Anjo “um passo muito importante e uma experiência única”.
De Setúbal para Santiago do Cacém, vai J. Wahl. O artista setubalense começou a escrever aos 13 anos. Em Abril do ano passado, decidiu conjugar o amor pela escrita e a paixão pela guitarra e mostrar o que até então apenas acontecia entre si e os seus cadernos. “A minha fonte de inspiração é a natureza, as emoções e a vida. A literatura e a música claramente são os pontos principais mas considero fonte de inspiração qualquer tipo de expressão das emoções. Se tivesse de classificar o meu projecto diria que é uma espécie de Indie SpokenWord”, diz, acrescentando que “é uma grande honra representar o município de Setúbal no Festival Liberdade. Com a crescente movimentação turística que Portugal tem tido nos últimos anos, festivais como este são de tremenda relevância para criar um ciclo cultural sustentável, com igual importância na criação, promoção e consumo”.
Os A4 são a Constança Melo, na voz, Guilherme Castela, na bateria, Gabriel Cruz, no baixo, de Alcochete, e André Correia, na guitarra eléctrica, do Montijo. Tudo começou em 2017, na escola de formação musical, como um desafio que mais tarde se tornou numa banda que, nas palavras da Constança, “atravessa agora inúmeros palcos. Para nós significa muito atuar neste festival, pela primeira vez, não só pelo grande crescimento que nos dá enquanto artistas mas também pelas emoções que retiramos destas grandes experiências”. Movidos pela diversão de tocar em conjunto, os quatro amigos do rock têm, segundo Guilherme, o público como inspiração. O grupo tem as expectativas em alta para o próximo fim de semana em Santiago do Cacém e frisa a importância de “existir este tipo de iniciativas para que possa trazer a diferentes sítios de Portugal bandas novas e permitir aos jovens um intercâmbio de ideias e experiências”, remata André Correia.