Iniciativa para refletir sobre impacto do conhecimento e da política na educação das crianças e na formação dos profissionais que as acompanham
O Instituto Politécnico de Setúbal, através da sua Escola Superior de Educação (ESE/IPS), acolhe, de 17 a 19 de setembro, o VIII Seminário Luso-Brasileiro de Educação de Infância e do IV Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Infâncias e Educação. A conferência de abertura estará a cargo de António Sampaio da Nóvoa, professor catedrático e reitor honorário da Universidade de Lisboa. Esta iniciativa tem como objetivo refletir sobre o impacto do conhecimento, da política e da comunidade na educação das crianças e na formação dos profissionais que as acompanham.
A escola de educação será palco destes dois encontros, que reúnem investigadores, estudantes, professores e educadores do espaço lusófono. Desta forma a ESE será a anfitriã de um fórum que visa discutir, de forma “crítica e partilhada”, os processos educativos em Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.
Em nota de Imprensa, a organização, em parceria com a Universidade do Minho (Portugal), a Universidade de São Paulo e a Universidade Federal de Alagoas (Brasil), sublinha a pertinência deste debate, lembrando os 51 anos do 25 de Abril e os 50 anos das independências dos países africanos de língua oficial portuguesa, assim como o contexto atual de guerras e crises climáticas e sociais.
A organização destaca também, entre os oradores de relevo, António Sampaio da Nóvoa, professor catedrático e reitor honorário da Universidade de Lisboa, que irá abrir a sessão de trabalho com a conferência ‘Conhecimento e política na formação de professores’. Proveniente do Brasil, Márcia Buss-Simão, da Universidade Federal de Santa Catarina, apresenta a reflexão ‘As crianças interrogam a docência: especificidades da docência na educação infantil’. Quanto ao encerramento, este ficará a cargo de Elena Colonna, da ONG CoMeDia (Moçambique), com a intervenção ‘Entre ciclones e esperança: a educação ambiental reimaginada pelas crianças moçambicanas’.
De acordo com a informação enviada em nota de Imprensa pelo politécnico de Setúbal, este encontro realiza-se num espaço de “forte simbolismo”, uma vez que a ESE, que celebra 40 anos de existência, foi criada como “projeto político sem edifício próprio, enraizado em valores de democracia participativa e crítica”. “Com um percurso muito ligado às comunidades locais, foi acolhida por autarquias, associações, museus e outros espaços, sendo ela própria um exemplo vivo do papel da comunidade nos processos educativos”, reforça a instituição de ensino superior na mesma nota.