Para trás ficam cinco dias de produções cénicas e iniciativas, mas até sábado ainda há muita programação a decorrer
A XXVII Festa do Teatro – Festival Internacional de Teatro de Setúbal está prestes a terminar e para trás ficam, até agora, cinco dias marcados por dezenas de espetáculos e atividades que têm passado por vários espaços do concelho.
Este fim de semana contou com vários destaques na programação entre os quais “Cafelina”, poema visual criado com imagens de café ilustrou, que encheu o Jardim do Bonfim na manhã de domingo e, de tarde, o Jardim de Palhais. A apresentação, a cargo de Lucía Merlino, mostrou uma “tela pintada em movimento com acrobacias dançadas e equilibradas nas mãos”, como explica a nota de Imprensa enviada à redação d’O SETUBALENSE.
“Nem Mais Uma”, de Yakelin Morales, na União Setubalense, “Memorabília”, pela Alma d’Arame, no Fórum Municipal Luísa Todi, e “Um Submarino em Marte”, da Imaginar do Gigante, na Escola Secundária Sebastião da Gama foram outras novidades numa festa que é organizada pelo Teatro Estúdio Fontenova em parceria com a Câmara Municipal de Setúbal.
Até ao próximo sábado, dia de encerramento da Festa do Teatro, esperam-se outras atividades e mais de uma dezena de espetáculos teatrais que vão passar por locais como a Casa da Cultura e o Auditório José Afonso.
Caso disso é, por exemplo, a tertúlia “O teatro é uma cartilha ideológica?” inserida na atividade “Conversas de Teatro” em que o diretor da Agência Europeia para as Necessidades Especiais e Educação Inclusiva, João Costa, o investigador em políticas culturais e docente na ESAD. CR e o rapper Xullaji (Nuno Santos), vão conversar sobre como as artes podem agir face ao crescimento do discurso de ódio na rua e nas redes sociais. A atividade decorre a partir das 17 horas de hoje no Café das Artes, na Casa da Cultura.
Outra das sugestões é, também hoje a partir das 23h15 no pátio da Escola Secundária Sebastião da Gama, a mostra de duas curtas-metragens do Festroia. Nesta iniciativa vai assistir- -se a “Casa de Aprender”, de Filipa Seabra, um documentário que dá a conhecer o percurso de Anil Samarth e, “O Voo do Rouxinol”, de Fazel Ustad Sapand e Leonardo Silva, onde as mulheres afegãs são protagonistas. Neste mesmo pátio, mas desta vez pelas 23h15 de sábado, espera-se um apontamento musical de Djarabi Quintet, grupo criado em Espanha por músicos oriundos do nosso país vizinho, da Bélgica e do Senegal.
Patente até ao último dia do festival de teatro está a exposição “40 anos do Teatro Estúdio Fontenova”, uma mostra que tem como objetivo mostrar mais de quatro décadas da história da companhia, bem como a produção cénica, através de cenografia, pequenos adereços figurinos, fotografias, vídeos, entre muitos outros elementos. Esta tem curadoria de Ana Rodrigues e Paula Moita.