Uma vida dedicada a contar e ensinar estórias

Uma vida dedicada a contar e ensinar estórias

Uma vida dedicada a contar e ensinar estórias

“A minha primeira pele é ser jornalista, a segunda pele foi ser professor”

“Desde jovem, e já lá vão muitos anos, que me interessei por procurar obter respostas”, é desta forma simples que Orlando César Gonçalves define a sua pessoa. Foi a vontade em desmistificar a informação e simplificá-la que mais tarde o conduziu ao jornalismo, ainda assim, considerou a agronomia como opção “é um bocado diferente, mas é uma coisa que eu gosto, que é a terra, tudo isso, o ambiente”. Apesar de à época não existirem cursos na área da comunicação social, iniciou o seu percurso no Jornal Notícias da Amadora, dirigido pelo seu pai “e, a partir daí, aquele jornal entrou na minha vida e nem o jornal, nem o jornalismo me deixaram”. Mais tarde “já neste século”, decide começar a dar formação no Centro Protocolar de Formação Profissional de Jornalistas, essencialmente pelo estado da profissão em Portugal no período antecedente à crise, mas esta torna-se também mais uma atividade profissional, “Ou seja, passava do jornalismo, de fazer jornalismo, para ensinar”. Em 2010, a “convite da professora Ana Maria Pessoa e, na sequência de se terem reformado as professoras Margarida Graça e Regina Marques” inicia o seu percurso na Escola Superior de Educação, a realidade é que “nunca me passou pela cabeça vir a ser professor”. Dizia aos seus alunos que “A minha primeira pele é ser jornalista, a segunda pele foi ser professor”, teve por isso de se ajustar e, também aprender muito com os seus estudantes, pois mesmo com a necessidade de adaptação aos vários ambientes, que exige o jornalismo, o cuidado num espaço escolar é distinto e mais delicado, na ESE “Foi fácil pela própria escola em si”. Talvez tenham sido os valores, a energia, ou até mesmo por ter sido construída após o 25 de Abril, para o docente a instituição “é, de facto, diferenciada” e a sensação de comunidade fazia-o sentir-se pertencente a um todo. Acredita que na ESE se tornou um melhor profissional “Aliás, tenho a ideia de que ninguém chega a um bom professor, a não ser que já venha de experiências anteriores. O professor vai-se construindo ao longo do caminho”. Nem sempre é fácil definir a importância que um lugar pode ter nas nossas vidas, porém a Escola de Educação foi “Uma experiência. Foi de facto, uma experiência rica”. Aqui conheceu alunos, profissionais e funcionários que potenciaram o seu trajeto “tudo isso foi muito enriquecedor pelas pessoas que se levaram, pelos acontecimentos que se proporcionaram”. Deixa na memória os momentos de que sente mais saudades “Gostava muito de ir para o pátio, fumar um cigarro, claro, e ter aquele sobreiro enorme”, de igual modo ficam as conversas que tinha com alunos nos intervalos e toda a magia escolar, “Foi tudo. Foi uma experiência muito intensa”.

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