“O sítio onde eu me encontrei”

“O sítio onde eu me encontrei”

“O sítio onde eu me encontrei”

Do acidente da sua vida à vocação profissional 

Miguel Freitas acaba “por aparecer aqui na Escola Superior de Educação, em 2007” no seguimento de um convite para incorporar um “grupo de formadores, ou seja, de professores que já estavam no terreno”, hoje em dia, é também um dos responsáveis pelo Departamento de Ciências e Tecnologias. Graças a essa oportunidade descobriu uma paixão que não conhecia, “depois, nessa altura, tive a oportunidade de dar uma aula ou outra aqui na ESE e percebi naquele momento que, efetivamente, gostava de dar aulas”, mas a realidade é que o gosto pela educação “Foi um acidente”. Dá aulas de físico-química, consequência da sua formação em Química, “porque sempre achei piada aos fenómenos, mas a disciplina em si, não gostava”, foi então no secundário que “o bichinho começou” na parte da química, a “Física foi depois”. Atualmente, admite, são os conceitos associados à primeira componente desta dualidade que despertam em si um maior entusiasmo, “acho fascinantes pela dificuldade, a explicação é feita por analogias, e aí estamos a entrar em campos em que a comparação é extremamente difícil”, logo, a facilidade na lecionação destes aspetos aos alunos, torna-se mais complexa. Porém, apesar de não ter sido o seu primeiro instinto, com o passar dos anos e junto da instituição, percebeu que “Não há fórmulas mágicas, dar aulas sempre da mesma forma não é uma solução. Existem algumas adaptações consoante o contexto que se tem” e aqui não foi exceção, procurou sempre compreender “essa forma de ser e estar” dos seus alunos para que estes ficassem o mais esclarecidos possível com a matéria, fê-lo através de “exemplos significativos ou do estabelecimento de algumas pontes que criem empatia e ligação, para que se facilite a docência”. Apesar da surpresa que foi a sua profissão, admite que em Setúbal aconteceu o “cimentar, ou esse abrir de olhos profissional”, até então “andei a fazer N coisas” que se distanciavam daquele que foi o seu desfecho. Destaca Leonor Saraiva como crucial para o seu desenvolvimento enquanto docente, “era quase como uma mentora aqui”, acrescenta ainda, “ao fim de contas conseguiu fazer de mim professor”. Recorda também Joana Brocardo, com quem teve a oportunidade de trabalhar, na direção, foi alguém que “me ensinou muito sobre essa parte da escola como um elemento da estrutura”. Vive em Lisboa e nunca se imaginou a trabalhar na grande cidade, esboça um sorriso e afirma, “Gostei de tudo, do ambiente social e físico, a escola é fantástica”, o espaço envolvente contagiou-o e, a margem sul, captou a sua atenção. Por aqui decidiu ficar, e espera que toda a magia da ESE se mantenha, no fundo, foi “o sítio onde eu me encontrei”. 

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