Oficial de Justiça do Tribunal de Almada detido por tráfico de milhares de munições

Oficial de Justiça do Tribunal de Almada detido por tráfico de milhares de munições

Oficial de Justiça do Tribunal de Almada detido por tráfico de milhares de munições

Suspeito é visado por se aproveitar da isenção do título de posse de arma inerente à profissão para comprar munições em armeiros e revendê-los no mercado negro

Um Oficial de Justiça do Tribunal de Almada foi detido pela PSP com um cúmplice por tráfico e mediação de armas. O principal suspeito é visado por se aproveitar da isenção do título de posse de arma inerente à profissão de Oficial de Justiça para poder comprar milhares de munições em armeiros da Grande Lisboa e revendê-las, com a ajuda de um cúmplice, no mercado negro.

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A investigação nasceu em 2021 pela PSP de Lisboa e apurou que o Técnico de Justiça, que estava de licença sem vencimento desde o início da atividade criminosa, adquiria munições em grande quantidade, de calibre 6.35mm, 7.65mm e 9mm, em quatro armeiros na Grande Lisboa. Até julho de 2024, adquiriu 11200 munições, que os dois suspeitos viriam a vender a terceiros, mediante encomendas realizadas.

A venda das munições era feita pelos dois suspeitos que contactavam, ou eram contactados, por compradores das munições e negociavam então o valor das mesmas. A investigação apurou que os dois suspeitos exerciam a atividade de forma habitual e como forma de sustento, fazendo desta o modo de vida, sendo que o Oficial de Justiça tirou uma licença sem vencimento na altura em que começou a atividade criminosa.

A PSP de Lisboa viria a deter os dois suspeitos e na casa do Oficial de Justiça, em Almada, foram encontradas armas e munições. Na casa do segundo suspeito, também em Almada, não foi encontrado qualquer bem ilegal.

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Os dois foram presentes ao Tribunal de Lisboa para aplicação de medidas de coação e foram libertados mediante apresentações à esquadra da residência e proibição de contactos. Pedro Pestana, advogado do segundo suspeito, que trabalhava par e par com o Oficial de Justiça, considerou que a sua libertação foi justificada, visto que “não há qualquer prova da intermediação na revenda das mediações e não foi encontrada qualquer arma em sua casa. O meu cliente nunca comprou munições e nunca desconfiou que o co arguido, seu amigo que acompanhava em algumas deslocações a armeiros, revendesse as munições”.

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