Reunião com Pedro Florêncio teve vários temas em cima da mesa entre os quais a requalificação e construção de novas infra-estruturas
A falta de professores, profissionais de Educação Especial e assistentes operacionais, bem como a falta ou degradação dos equipamentos escolares da região, são alguns dos temas que preocupam a Federação Regional de Setúbal das Associações de Pais (FERSAP).
Estes, e outros, foram alguns temas que estiveram em cima da mesa durante a reunião de membros da federação com Pedro Florêncio, Delegado Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo, tendo o objectivo da sessão passado por apresentar preocupações e, também, algumas soluções.
Assim, e em nota de Imprensa enviada à redacção d’O SETUBALENSE, a FERSAP diz ter manifestado preocupação relativamente à falta de professores, tendo o delegado garantido que “as medidas excepcionais serão mantidas” e que, no próximo ano lectivo, vão ser reforçadas. Quanto à falta de assistentes operacionais Pedro Florêncio afirmou que esta questão já está sinalizada junto ao Governo.
Explicou ainda que será publicado brevemente um novo aviso para que as escolas possam concorrer a financiamento – adiantando que estão sinalizadas, neste momento, 59 estabelecimentos escolares – tendo os encarregados falado na necessidade de requalificar os já existentes ou a construção de novas infra-estruturas.
Outro dos assuntos que está identificado é a descentralização da Educação, tendo ainda a FERSAP pedido que se faça “uma gestão equitativa e um financiamento adequado aos gastos dos municípios”. Ainda na questão dos financiamentos a FERSAP pediu “a harmonização das regras e o reforço dos apoios financeiros e logísticos para garantir a equidade entre concelhos” outro assunto que, segundo o delegado, está também sinalizado.
Outro dos temas em discussão foi a violência escolar, tendo a federação pedido “medidas de segurança e de apoio psicológico”. Neste sentido o delegado referiu que esta é “área muito sensível” e que “está em avaliação a possibilidade do retorno da figura do ‘vigilante’ nas escolas e destacou a importância da intervenção dos directores e da partilha de boas práticas”.
Quanto ao assunto “escola digital” os membros das associações de pais fizeram saber que não estão a ser feitas correctamente as distribuições dos kits, tal como existem “dificuldades de conectividade nas escolas”. A proibição da utilização dos telemóveis foi ainda outro tema. “O delegado indicou existirem apoios disponíveis e que será publicado um documento orientador sobre o uso de telemóveis nas escolas, antes do início do ano lectivo 2025/2026”, referem na mesma nota.
Foi ainda pedido que, no que diz respeito ao transporte escolar, este pudesse ser ampliado a nível da rede e dos horários, especialmente nas zonas mais anteriores – tendo o delegado pedido que os municípios também pudessem intervir nesta matéria.
A reunião decorreu nas instalações da Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), em Lisboa.