Luís Barreto vai cumprir cinco anos e dez meses de cadeia pelo crime de tráfico na forma simples, e não agravada, como vinha sendo acusado
Lúcio Barreto, motorista da TVDE residente em Setúbal, foi condenado a cinco anos e dez meses de prisão por tráfico de droga, depois de ter sido apanhado à saída de Celeirós, em Braga, com 233 quilos de cocaína – quantidade avaliada em 4,5 milhões de euros.
O trabalhador estava em prisão preventiva depois de ter sido abordado, a 7 de Setembro de 2024, por uma patrulha da GNR que descobriu 235 pacotes com 232,8 quilogramas – e 76,8% de grau de pureza – de cocaína, que daria para 894 mil doses individuais.
O homem conduzia um Renault Clio registado em nome da empresa “Lúcio Barreto Unipesssoal, Lda”, e circulava de luzes apagadas. Quando abordados pela força policial o condutor fugiu a pé e o arguido, que era amigo de Lúcio Barreto e responsável pela droga, foi identificado e detido. Além do produto estupefaciente foram ainda apreendidos dois telemóveis e 220 euros em dinheiro.
Assim, e segundo a notícia publicada pelo Jornal de Notícias, o Tribunal de Braga acabou por condenar, na semana passada, o condutor pelo crime de tráfico na forma simples, e não agravada, como vinha sendo acusado até então. O colectivo de juízes do Ministério Público considerou que o acusado ia apenas transportar o estupefaciente – sendo assim o “correio” – e que a droga não seria vendida por este sujeito.
No final de Junho, data em que começou o julgamento, Lúcio Barreto referiu que se tinha deslocado a Celeirós com um amigo que ia buscar os seus pertences, depois de uma separação familiar. Este, explicou o arguido durante o seu depoimento, carregou os sacos com droga para dentro da viatura, tendo o condutor sido informado de que os sacos continham roupa.
Não se sabe a origem da droga, mas julga-se que terá vindo da América do Sul para a Galiza e posteriormente para Braga, tendo sido levantada num mercado abastecedor. Em contraponto foi ouvido um inspector da Polícia Judiciária (PJ) que detectou, através de um dos telemóveis do arguido, que este acompanhava um navio cargueiro que chegava da América do Sul – e que provavelmente continha droga. Foi ainda detectado que este estaria a actuar com outros cinco cidadãos de nacionalidade brasileira, que regressaram que são alvo de investigação autónoma.