Politécnico de Setúbal contesta dados oficiais sobre abandono escolar na instituição

Politécnico de Setúbal contesta dados oficiais sobre abandono escolar na instituição

Politécnico de Setúbal contesta dados oficiais sobre abandono escolar na instituição

Números mostram ainda que três em cada quatro alunos concluíram o mestrado, ou seja, “74% dos matriculados terminaram o curso”

A Escola Superior de Saúde do Politécnico de Setúbal (ESS/IPS) garante que a maioria dos alunos de mestrado em Enfermagem termina o curso no tempo previsto, contestando dados divulgados pela Direcção-Geral de Estatísticas segundo os quais ninguém consegue fazer o curso sem chumbar.

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No final de Junho, o portal Infocursos divulgou um conjunto de informações sobre mais de seis mil cursos disponíveis no ensino superior, apresentando vários indicadores, incluindo a “Taxa de conclusão”, no qual o mestrado do Politécnico de Setúbal surgia como um dos cursos em que nenhum aluno tinha conseguido terminar os estudos no tempo previsto.

Nos dados disponibilizados pela Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), este organismo explicava que tinha usado como principal fonte os dados reportados pelos estabelecimentos de ensino superior nos inquéritos “Registo de Alunos Inscritos e Diplomados do Ensino Superior” (RAIDES), entre 2014 e 2023.

No entanto, o Instituto Politécnico de Setúbal enviou para a Lusa dados estatísticos que indicam que no ano lectivo de 2021/2022 inscreveram-se 140 alunos e que 68% terminou o curso no tempo previsto.

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Os números mostram ainda que três em cada quatro alunos concluíram o mestrado, ou seja, “74% dos matriculados terminaram o curso”.

Este mestrado em Enfermagem é um curso ministrado em associação entre outras instituições, sendo a Universidade de Évora e o Instituto Politécnico de Setúbal apenas duas das entidades envolvidas, às quais se juntam os Institutos Politécnicos de Portalegre, Beja, Castelo Branco e a Universidade do Algarve.

A Lusa questionou várias vezes o Ministério da Educação, Ciência e Inovação sobre esta disparidade de informações, não tendo obtido qualquer resposta até ao momento, continuando assim por esclarecer de quem é a responsabilidade pelos dados disponibilizados pela DGEEC e contestados pelas escolas.

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Há vários cursos superiores que surgem nas tabelas da DGEEC como tendo uma taxa de abandono escolar de 100%, mas os próprios estabelecimentos de ensino já garantiram à Lusa que o abandono foi abaixo dos 10%.

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