Feira Medieval de Canha arranca esta tarde com um modelo diferenciado

Feira Medieval de Canha arranca esta tarde com um modelo diferenciado

Feira Medieval de Canha arranca esta tarde com um modelo diferenciado

Honorina Silvestre, da Associação Círculo de Majalis, revela as características que fazem do evento um verdadeiro teatro comunitário

A Feira Medieval de Canha arranca pelas 18 horas desta sexta-feira e prolonga-se até ao próximo domingo. Esta é a primeira edição do evento, que faz regressar a localidade ao ano de 1235, quando foi agraciada com o foral pela Ordem de Santiago, no reinado de D. Sancho II.

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Honorina Silvestre, presidente da Mesa Administrativa da Associação Círculo de Majalis – entidade responsável pela organização do certame –, explica o modelo diferenciado desta feira e realça os pergaminhos históricos do território.

“Esta primeira feira é por parte do município um reconhecimento de que o seu território mais antigo se situa em Canha e que faz sentido falar de época medieval em Canha. O evento assenta num modelo comunitário e ainda numa vontade partilhada pela nossa associação e pela Câmara Municipal do Montijo de [este] ser o ponto de arranque para que Canha tenha: carta arquitectónica da zona antiga e carta histórico-arqueológica com vertente antropológica”, revela a responsável.

“Isto é a definição dos parâmetros a seguir cientificamente e coordenadamente dos estudos necessários a transformar este território, conhecido pela sua história e pela história das suas gentes. E, com isso, a promoção de turismo cultural da zona Este do concelho. O projecto foi seleccionado para candidatura ao Portugal Events”, complementa.

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Mais logo, os visitantes vão poder constatar um evento diferenciado em relação a outras recriações históricas do género. Até porque, mais do que uma feira, o certame foi transformado num “teatro comunitário”, conforme explica Honorina Silvestre. “Para que se transformasse num teatro comunitário construímos o palco. Este é constituído por alguns arruamentos centrais da zona antiga e cercado por portas estudadas para um espaço cénico especifico, de teatro medieval, por professores da Escola Superior de Teatro de Lisboa, coordenados por Stephane Alberto.”

A comunidade, destaca a responsável, “faz parte do elenco teatral, quer nas decorações das suas casas quer na participação em danças de época e quer, sobretudo, na montagem de todo o cenário”.

“Deste modo, estamos a dar mais ênfase ao trabalho comunitário, à história de Canha, até porque a iniciativa foi preparada para constar nas rotas dos eventos históricos europeus, rede CEFMH (Confederacion des Fêtes et Manifestations Historiques)”, revela.

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A programação inclui também “teatro imersivo, propondo um encontro com as maleitas e torturas da Idade Média” e “há a ligação com a Igreja, protagonizada em dois momentos especiais”. “Todo o teatro tem realização de Mário Costa dos Almanach e o debate sobre história à volta do ano 1235 – data do foral que estamos a relembrar – tem como oradores o professor doutor Hermenegildo Fernandes e o doutor João Costa”, indica.

“Apostamos neste modelo com muita força e nos concertos nocturnos, com base em música medieval, mas já com as características da sua evolução, que acontecerão fora do burgo”, reforça Honorina Silvestre, que, a concluir, lembra as participações artísticas de. Galadum Galandaina, Sebastião Antunes e Quadrilha e Barro Negro.

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