Atrasos na conclusão da obra da passagem ferroviária sobre a ER261 motivaram uma acção de protesto que está marcada para o final da tarde de hoje
A reabertura da Estrada Regional 261 (ER261), em Santiago do Cacém, encerrada desde 2023 devido à obra de uma passagem ferroviária, está prevista para o 3.º trimestre deste ano, revelou hoje a Infraestruturas de Portugal (IP).
Contactada pela agência Lusa, fonte da IP indicou que estão a decorrer “os trabalhos de conclusão dos serviços afectados e da componente estrutural”, aos quais se segue “a pavimentação do restabelecimento rodoviário”.
Uma vez concluídos estes trabalhos, a empresa prevê reabrir no “3º trimestre” deste ano esta estrada, que faz a ligação entre Santiago do Cacém, o Hospital do Litoral Alentejano e Vila Nova de Santo André, no mesmo concelho.
Os atrasos na conclusão da obra da passagem ferroviária sobre a ER261 motivaram uma acção de protesto que está marcada para o final da tarde de hoje, convocada pela Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Santiago do Cacém.
O protesto vai decorrer, às 18:00, no Parque Verde da Quinta do Chafariz, na cidade de Santiago do Cacém, tal como a Lusa noticiou, na segunda-feira.
Em comunicado, a comissão considerou a situação “inadmissível” e exigiu à IP e ao Governo a “urgente conclusão desta obra”.
“Esta obra, [em que se iniciaram] os trabalhos em Agosto de 2023, era para ter sido concluída há 10 meses, ou seja, em Maio de 2024”, mas “está em execução há dois anos” e os utentes “não vêem a luz ao fundo do túnel”, disse a comissão.
Nos esclarecimentos enviados à Lusa, a IP indicou que o prazo de execução dos trabalhos, que deveriam estar concluídos entre Junho e Julho de 2024, “tem sido condicionado por questões de ordem técnica, de âmbito geotécnico e de serviços afectados, detectadas ao longo da empreitada”.
“Nesta fase decorrem os trabalhos de conclusão dos serviços afectados e da componente estrutural, a que se seguirá a pavimentação do restabelecimento rodoviário”, explicou a fonte.
Segundo a IP, esta intervenção realiza-se no âmbito da empreitada de modernização da ligação ferroviária entre Sines e a Linha do Sul actualmente em curso, que tem por objectivo a substituição da passagem ferroviária sobre a ER261.
A empresa disse ainda lamentar “os transtornos” que a demora das obras tem provocado, “em particular aos habituais utilizadores desta via” que são obrigados a utilizar uma alternativa com poucas condições.
A empreitada de modernização da ligação ferroviária entre Sines e a Linha do Sul, com um investimento de cerca de 28,5 milhões de euros, tem como principais objectivos eliminar os actuais constrangimentos de capacidade e potenciar as condições de exploração e de segurança na Linha de Sines.
De acordo com a empresa, “com a conclusão desta empreitada serão alcançados vários benefícios, como o reforço da coesão económica e social no território nacional, melhoria da mobilidade, aumento da capacidade/oferta de novos serviços, redução da sinistralidade e de congestionamentos, entre outros com impacto significativo na melhoria das condições de circulação e segurança dos utentes”.