Posição da estrutura concelhia surge na sequência das últimas notícias em que se dá conta de que a distrital quer apoiar a candidatura de Dores Meira
O PSD Setúbal retirou a confiança política ao presidente da Comissão Política Distrital do PSD de Setúbal, Paulo Ribeiro. A decisão deve-se, esclarece a comissão política concelhia, face às últimas notícias que dão conta de que a estrutura distrital quer apoiar a candidatura independente de Maria de Dores Meira à Câmara de Setúbal.
A informação foi partilhada esta quinta-feira numa publicação na rede social Facebook do PSD Setúbal onde se sabe ainda que os social-democratas marcaram uma assembleia de secção para a próxima quinta-feira (3 de Julho) onde Paulo Ribeiro marcará presença.
Na nota explicam que a concelhia está “surpreendida” com a informação de que a intenção da distrital do PSD apoiar Dores Meira estava a ser “cozinhada” desde o ano passado, tal como O SETUBALENSE noticiou esta semana. Quanto ao convite à ex-presidente para encabeçar uma candidatura autárquica à câmara municipal, dizem desconhecer.
“Caso se confirme esse convite, ele terá sido feito à revelia da Concelhia de Setúbal do PSD, o que consideramos politicamente inaceitável e profundamente desrespeitoso para com os órgãos locais do Partido, além de ser uma flagrante violação dos Estatutos nacionais do partido”, escrevem.
Referem que toda esta situação “tem gerado grande perplexidade e desagrado, não apenas entre os nossos militantes, mas também entre os eleitores tradicionais do PSD, que se sentem desorientados e desiludidos com o rumo que esta situação está a tomar”. Entendem ainda que a decisão nunca foi comunicada à estrutura concelhia, e defendem que a comunicação entre os dois organismos devia ter seguido outro rumo.
“A verdade é que não houve a necessária articulação com a Comissão Política Distrital, a qual nunca submeteu este assunto a discussão e votação, escudando-se em decisões nacionais que nunca nos foram transmitidas formalmente”.
A comissão política afala ainda em “flagrante violação dos Estatutos nacionais do partido” e acusam a estrutura distrital de “violação do espírito e da prática democrática que sempre defendemos dentro do PSD”.