A vitória do Chega no distrito de Setúbal não foi um acaso — foi uma resposta clara e consciente de um povo que se sente esquecido. O principal motivo está no cansaço acumulado de 50 anos de políticas que ignoraram a classe média, abandonaram os reformados com pensões miseráveis, e desprezaram aqueles que, apesar de trabalhar toda a vida, mal conseguem sobreviver.
Setúbal é um reflexo dessa realidade: uma cidade onde a insegurança aumentou, onde a ideologia se sobrepôs ao bom senso, e onde as prioridades políticas ignoraram quem sustenta o país — os trabalhadores. Os que vivem com o salário mínimo, sem apoios nem perspetivas, viram no Chega a única força política que reconheceu as suas dificuldades e falou sem rodeios sobre os seus problemas.
A cidade e o distrito foram esquecidos por políticas que protegeram minorias organizadas e interesses instalados, em vez de proteger as famílias setubalenses, os comerciantes, os jovens sem oportunidades e os idosos sem dignidade.
A vitória do Chega em Setúbal é um grito de revolta — e um sinal de mudança.