Exposição sobre a vida do escritor decorre na Biblioteca de Palmela e passará pelo Auditório de Pinhal Novo. Congresso será ponto alto
A exposição intitulada “Luiz Pacheco: a ser como sou e não outro que não quero ser”, inaugurada no último sábado na Biblioteca Municipal de Palmela – onde irá permanecer até 31 deste mês, para depois, de 3 a 28 de Junho, passar a estar patente no foyer do Auditório Municipal de Pinhal Novo –, marcou o arranque das comemorações do centenário do nascimento do autor da literatura portuguesa, promovidas pelo município.
A mostra, salienta a Câmara Municipal de Palmela, dá a conhecer “textos inéditos” de Luiz Pacheco, “a forma como foi e é visto e interpretado e como ganhava a vida (a escrever e a editar)”, as “ligações pessoais” do autor, “percebidas na correspondência enviada e recebida”, e as “recordações, saudades e amizades que deixou em Palmela, onde viveu na última década do Século XX, fazendo do concelho a sede da sua editora, a Contraponto”.
A mostra integra ainda “depoimentos filmados de pessoas ligadas a Palmela” e “gravações áudio inéditas realizadas pelo autor para fixar pensamentos, opiniões e textos, que poderão ter servido de suporte ao seu trabalho”.
Além desta iniciativa organizada pela Câmara de Palmela, juntamente com a Universidade de Lisboa, a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), a Faculdade de Letras e a Casa da Liberdade Mário Cesariny, as comemorações que visam assinalar o centenário do nascimento do autor vão estender-se até Outubro com outras actividades.
E o ponto alto das celebrações está reservado para os dias 22 e 23 de Outubro, com o Auditório Charlot, em Setúbal, e a Biblioteca de Palmela a receberem o “Congresso Centenário Luiz Pacheco (1925-2025)”. O congresso é organizado pelo projecto “Luiz Pacheco Passeia por Todo o Papel”, em parceria com várias instituições parceiras, entre as quais o município de Palmela. No último dia desta iniciativa, que encerra o programa comemorativo, será inaugurada a exposição concebida no âmbito do referido projecto.
Antes, a 4 de Outubro, a Biblioteca de Palmela acolhe uma sessão do projecto “365 Dias de Romance”, que será dedicada ao autor e que contatrá com a participação de João Pedro George e moderação de Pedro Vieira.
Luiz Pacheco nasceu em 7 de Maio de 1925 em Lisboa e faleceu em 5 de Janeiro de 2008 no Montijo.