Bispo de Setúbal entre os eleitores do próximo Papa

Bispo de Setúbal entre os eleitores do próximo Papa

Bispo de Setúbal entre os eleitores do próximo Papa

Américo Aguiar revela “profunda tristeza” com morte de Francisco. Quatro cardeais portugueses na escolha do novo pontífice

Após o falecimento do Papa Francisco, cabe agora ao Conclave, como é denominado o processo de escolha do novo Papa, eleger o novo pontífice, sendo que o Bispo de Setúbal, juntamente com outros três cardeais portugueses, estará presente nessa eleição, podendo até ser o escolhido, embora não esteja entre os principais candidatos. Esta escolha realiza-se com o máximo secretismo, sendo que os cardeais com direito a voto reúnem-se na Capela Sistina, no Vaticano, e à porta fechada, sem contacto com o exterior, elegem o novo Santo Padre.

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Portugal tem pela primeira vez, desde que o colégio cardinalício foi criado, quatro cardeais eleitores no conclave, sendo eles António Marto, Américo Aguiar, Manuel Clemente e Tolentino de Mendonça. A eles, juntam-se mais dois que, sendo também cardeais, não podem votar, José Saraiva Martins, de 93 anos, e Manuel Monteiro de Castro, de 86 anos. Chegaram a cardeais ainda pela mão de outros Papas.

Actualmente, o colégio eleitoral conta com 252 cardeais, mas apenas 138 são elegíveis (no máximo podem ser 140) para votar no próximo conclave, uma vez que 114 têm mais de 80 anos. O Papa Francisco terá sido responsável por 78% dos cardeais escolhidos. Ainda no final do ano passado, nomeou mais 21.

A morte do Papa Francisco, aos 88 anos, foi anunciada esta segunda-feira pelo cardeal Kevin Ferrell, Camerlengo da Câmara Apostólica. O Papa Francisco esteve internado recentemente devido a uma pneumonia bilateral.

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Após o falecimento do Papa Francisco, o cardeal Américo Aguiar disse “sentir uma profunda tristeza”, comparando essa tristeza à “de um filho que perde a presença, mesmo que distante, do seu pai”.

O mais jovem cardeal português, numa nota pastoral enviada à redacção d’O SETUBALENSE, mostrou-se, no entanto, certo de que “a eternidade é o (…) destino, o fim da (…) estrada, o encontro face a face com Jesus Ressuscitado”.

“Reconhecendo esta Verdade, pela qual entreguei a minha vida, não consigo deixar de sentir uma profunda tristeza pela partida do nosso amado Papa Francisco. A palavra morte é pequena para este momento. Prefiro falar de uma partida, de um filho que corre para os braços do Pai, de um irmão que se encontra em Cristo com todos os seus irmãos que já conhecem a eternidade”, escreveu Américo Aguiar na mensagem.

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Neste documento, o cardeal, que nos últimos anos teve múltiplos encontros com Francisco, recorda os momentos em que esteve com Francisco, no âmbito da organização da Jornada Mundial da Juventude. “Durante a preparação da JMJLisboa2023, foi o meu maior confidente, o amigo que me animou, que me deu forças e me revelou uma confiança que ainda hoje me comove”, reflecte.

“A Francisco, o homem em quem o mundo confia, o homem que o mundo respeita, o homem que o mundo lê, procurando em cada uma das suas palavras uma luz que nos ilumine, peço (…) que nos ajude a construir este presente, tão atribulado, tão incerto”, completa o líder da Diocese de Setúbal.

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