Iniciativa “Tomando as Paredes” recuperou mais de 50 murais desde 1974 e criou três outros

Iniciativa “Tomando as Paredes” recuperou mais de 50 murais desde 1974 e criou três outros

Iniciativa “Tomando as Paredes” recuperou mais de 50 murais desde 1974 e criou três outros

Obras podem ser vistas no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal. Mais de 40 pessoas participaram na actividade

Mais de 50 murais pintados entre 1974 e 2024 foram recuperados graças à iniciativa “Tomando as Paredes” que decorreu no m-de-semana no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal (MAEDS). Do evento saiu ainda a criação de outras três artes, que em conjunto celebram o aniversário da Revolução dos Cravos.

- PUB -

Promovida pelo Monte de Letras a iniciativa serviu para que os participantes, que chegaram a ser mais de quarenta, revisitassem a história da cidade de Setúbal e algumas das lutas aqui travadas, como explica a coordenadora do “Histórias que as Paredes Contam”.

“A iniciativa permitiu recordar murais pintados por diversas forças partidárias, algumas das quais já extintas, mas também por sindicatos, trabalhadores fabris e colectivos libertários, e viajar por lutas travadas no tempo pela população de Setúbal, fosse contra o encerramento de fábricas, de oposição à co-incineração ou de contestação ao designado ‘turismo de luxo’ em Tróia”, explica Helena de Sousa Freitas como se lê em nota de Imprensa enviada ao nosso jornal.

Entre os criadores dos murais estão Joaquim Coelho, que tem pintado pela Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina (PUSP), que, sozinho, meditou sobre o “impacto do fascismo na sociedade”. Já as estudantes de artes visuais Ana Beatriz Ulbrich – que evidenciou a conquista pelos direitos das mulheres – e Maria Leonor Costa – que retractou o caminho da Liberdade – tiveram a ajuda de jovens e adultos que marcaram presença na tarde deste sábado no MAEDS.

- PUB -

Luís Humberto Teixeira, co-dinamizador do evento, falou sobre as presenças na sala. “A intensa participação das pessoas presentes, muitas das quais alinharam na proposta de identicar onde haviam sido pintados alguns dos murais que as imagens documentavam, percebendo, aí, o quão difícil é, por vezes, localizar estas obras a partir do momento em que desaparecem de um espaço público em constante mutação”.

A cooperação das várias faixas etárias foi outra das características apontada por ambos os responsáveis. “Tanto o Joaquim como a Ana Beatriz e a Maria Leonor tinham já colaborado com o ‘Histórias que as Paredes Contam’, e este regresso, com a sua visão do passado e do presente, é muito bem-vindo”.

Desde sábado que os murais, tanto os recuperados quanto os novos, estão em exposição no MAEDS, podendo ser visitados pelo público em geral.

Partilhe esta notícia
- PUB -

Notícias Relacionadas

- PUB -
- PUB -

Apoie O SETUBALENSE e o Jornalismo rumo a um futuro mais sustentado

Assine o jornal ou compre conteúdos avulsos. Oferecemos os seus primeiros 3 euros para gastar!