Autarca de Almada incrédula sobre decisão de gestão privada do Hospital Garcia de Orta

Autarca de Almada incrédula sobre decisão de gestão privada do Hospital Garcia de Orta

Autarca de Almada incrédula sobre decisão de gestão privada do Hospital Garcia de Orta

Inês de Medeiros lembrou que a ULS tem uma administração que acabou de ser nomeada e questiona se a mesma agora está a prazo “porque já vem aí uma PPP”

A autarca de Almada disse esta sexta-feira não entender se a proposta governamental de uma parceria público-privada para o Hospital Garcia de Orta é para ser levada a sério e acusa o Governo “de destabilização sobre destabilização”.

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“Eu nem sei se esta proposta é para levar a sério. Não sei se isto é só um anúncio neste momento muito particular da crise política que estamos a viver ou se é para levar a sério”, disse em declarações à agência Lusa a presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros.

A autarca, eleita pelo PS, reagia assim ao anúncio governamental, feito esta sexta-feira, de lançamento do processo de atribuição de parcerias público-privadas (PPP) para cinco hospitais, entre os quais o Hospital Garcia de Orta, em Almada, no distrito de Setúbal.

“Isto é destabilização, sobre destabilização, porque, sinceramente, eu acho que isto é uma corrida aos anúncios”, disse.

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Inês de Medeiros adiantou que uma coisa é o debate sobre as PPP e outra coisa é falar apenas no hospital, mas lembrou que este pertence à Unidade Local de Saúde Almada-Seixal que inclui ainda 22 unidades de saúde familiar, duas de cuidados paliativos e uma de cuidados continuados.

“Mas um concurso em quê? Para quê? É o ULS inteira? É só o hospital? Eu só ouvi referências ao hospital. Mas o hospital agora não funciona sozinho. Isto é não conhecer sequer o organograma da ULS Almada – Seixal”, frisou.

A autarca lembrou que a ULS tem uma administração que acabou de ser nomeada e questiona se a mesma agora está a prazo “porque já vem aí uma PPP”.

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“Isto é muito pouco sério. Não é só o hospital que estamos a falar, estamos a falar de uma série de estruturas que estão na ULS e, portanto, que também elas próprias ficam à deriva sem perceber muito bem como é que vão ser geridas”, disse.

Inês de Medeiros adiantou que já falou com o presidente da Câmara Municipal do Seixal e que ambos vão pedir uma reunião de urgência com a ministra da Saúde para tentar perceber o que realmente está em causa.

“Isto é de uma ligeireza, se me permitem, eu só consigo perceber isto de uma espécie de corrida à propaganda ou uma coisa qualquer”, disse.

O Hospital Garcia de Orta pertence à Unidade Local de Saúde Almada-Seixal (ULSAS). O conselho de administração foi mudado recentemente com a saída de Teresa Machado Luciano e a entrada de Pedro Correia Azevedo, num processo envolto em polémica.

A ULSAS dá resposta a 350 mil habitantes.

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