Álvaro Amaro realça dimensão dos participantes e diz que o evento deveria ser replicado em todo o País
“Energia Verde: um cluster de sustentabilidade” intitula o seminário que vai amanhã ter lugar no Cine-Teatro São João, em Palmela, e que vai contar com a participação do secretário de Estado da Energia, Jean Barroca, na sessão de abertura, pelas 9 horas.
Em debate estará a descarbonização e Álvaro Balseiro Amaro, presidente da Câmara de Palmela, realça a dimensão dos intervenientes que vão estar presentes e considera: “Vai ser um seminário que se devia replicar noutros pontos do País, porque acho que vai interessar a todos. Conseguimos reunir um conjunto de estudiosos, responsáveis, políticos, técnicos, empresas, investidores, que são os grandes players no sector, para se perceber a importância desta estratégia de descarbonização e o seu alinhamento com aquilo que de melhor se faz no mundo”, afirma, sobre o evento que tem como media partners O SETUBALENSE e a Rádio Popular FM.
A política seguida pelo município de Palmela nesta matéria também estará em cima da mesa, até porque este é um “território de oportunidades para investimentos dessa natureza”, lembra Álvaro Amaro. Uma política que, adianta, tem “imposto, no bom sentido, aos investidores” a apresentação de “projectos sustentáveis, respeitadores do ordenamento do território, com valias ambientais em todos os planos”. Nesse âmbito, a iniciativa procurará também “desmistificar a ideia de alguns exageros que às vezes as pessoas consideram que estão a ser cometidos”, como, por exemplo, em relação aos espaços de Palmela que acolhem centrais fotovoltaicas.
“Nós temos conseguido conjugar o desenvolvimento, tivemos muitos projectos entrados no município, mais de seis dezenas, temos cerca de 20 com possibilidade de implementação e temos já uma dúzia implementados e que são casos de estudo de centrais que são imprescindíveis e necessárias, não apenas para a descarbonização, mas para o fornecimento de energia limpa”, aponta, para reforçar de seguida: “As centrais que temos licenciado, além de preencherem todos os requisitos, estudos de impacto ambiental, paisagístico, têm ocupado exclusivamente espaços devolutos e agroflorestais, não tocam em reserva agrícola e são hoje conjugáveis com actividades complementares.”
E o autarca foca dois exemplos dessa complementaridade. “Temos centrais que têm pastorícia, centrais que têm apicultura. Aliás, irá ser distribuído mel a um conjunto de instituições sociais, já de uma das duas centrais que têm apicultura. Levamos os investidores a terem estas actividades complementares, a terem arranjos paisagísticos, a melhorarem acessibilidades e a plantarem espécies autóctones, polonizadoras, entre outras”.
O seminário de amanhã não incidirá apenas sobre essas renováveis. “Temos outros projectos, mais na zona do armazenamento. É importante introduzirmos na discussão também as questões do biometano, que é algo que importa aproveitar na plenitude”, salienta o edil.
O evento abre com as intervenções de Álvaro Amaro e do secretário de Estado da Energia e engloba três mesas redondas. Entre os vários intervenientes destacam-se Paula Gomes (Direcção-Geral de Energia e Geologia), Paulo Nogueira (ADENE), Acácio Pires (ZERO), o moderador Francisco Alves Rito (director de O Setubalense), Orlando Paraíba (ENA), Júlia Seixas (pró-reitora da Universidade Nova de Lisboa), a moderadora Sofia Martins (AMRS), Ana Catarina Pinheiro (Serviços de Gestão do Fundo Ambiental), Hugo Pereira (Mota-Engil), Ricardo Leandro (Iberdrola) e o moderador João Paulo Lopes (Área Metropolitana de Lisboa).
