Conheça melhor aqui o acontecimento desportivo que marcou o ano de 2024 na região
O ano que passou foi uma montanha-russa de acontecimentos para o Vitória, alguns dos quais verdadeiramente estruturantes para o histórico emblema do futebol português; a equipa principal caiu para a divisão mais baixa – O campeonato Distrital da II Divisão da Associação de Futebol de Setúbal – a SAD foi declarada insolvente e decretada a liquidação, e o clube, que também foi declarado insolvente, viu aprovado o plano de recuperação.
Com a falência definitiva da SAD e a aprovação do Plano de Insolvência e Recuperação de Empresas (PIRE), o passivo total do universo Vitória passou de cerca de 64 milhões de euros para pouco mais de 9 milhões. É a divida mais baixa de sempre em muitas décadas e só não é mais reduzida ainda porque a Autoridade Tributária (AT) não aceitou ficar no PIRE aprovado pelos outros credores, que aceitaram um perdão de divida de 91%. Assim, metade da divida actual do Vitória é à AT, que tem um crédito de aproximadamente 4,5 milhões.
O plano de recuperação foi homologado pelo tribunal e os sócios do clube aprovaram, em Assembleia Geral já no dia 23 de Dezembro, a alienação dos terrenos dos topos do Estádio do Bonfi m, por 25 milhões de euros, como solução para o cumprimento das obrigações previstas. Com a equipa na II Divisão Distrital, a falência da SAD e o PIRE em execução – e a ser cumprido nos dois meses que leva de execução – abriu-se, para os sócios, uma esperança de que o clube possa, fi nalmente, suster a queda que iniciou há uns anos e iniciar uma trajectória de crescimento.
Pela primeira vez em muitos anos, o Vitória parece ter condições para atingir a estabilidade económica, concentrar-se na actividade desportiva e começar a subida paulatina rumo aos escalões nacionais, de onde nunca deveria ter saído.