Sesimbra assinalada dia da Zonas Húmidas com inauguração do Centro de Actividades Ambientais e Desportivas

Sesimbra assinalada dia da Zonas Húmidas com inauguração do Centro de Actividades Ambientais e Desportivas

Sesimbra assinalada dia da Zonas Húmidas com inauguração do Centro de Actividades Ambientais e Desportivas

Francisco Jesus afirma que quer ir além na requalificação da margem da Lagoa de Albufeira, mas isso não depende só da autarquia

As zonas húmidas, consideradas importantes para a conservação da biodiversidade e para a regulação do clima, tiveram o seu dia comemorativo, a nível mundial, no passado domingo, 2 de Fevereiro, tendo decorrido diversas iniciativas no território nacional, com o tema “Proteger as zonas húmidas para o nosso futuro comum”.

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Em Sesimbra foi assinalado com a inauguração oficial do Centro de Actividades Ambientais e Desportivas (CAAD), criado pela Câmara Municipal, que juntamente com a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e o ICNF promoveu uma visita guiada onde participaram dezenas de pessoas, para recolha de dados sobre aves, répteis, mamíferos, plantas e fungos, complementada pela recolha e análise de macroinvertebrados, na Lagoa de Albufeira – Lagoa Pequena.

“Este centro veio criar uma nova imagem completamente diferente da que aqui existia e contribuiu para melhorar as condições para a prática desportiva e divulgação dos valores naturais da Lagoa de Albufeira”, comentou na altura o presidente da Câmara de Sesimbra, Francisco Jesus.

Na inauguração estiveram presentes representantes de várias entidades, entre as quais, os presidentes da Assembleia Municipal de Sesimbra e da Junta de Freguesia do Castelo, João Narciso e Maria Gomes, respectivamente.

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Lembrou o presidente da Câmara Municipal que o CAAD integra uma “operação mais vasta realizada no âmbito de uma candidatura apresentada pela autarquia, ao programa Mar 2020, que englobou, entre outras intervenções, a estabilização dunar e a melhoria das condições para os mariscadores, com a relocalização dos espaços e construção de um pontão de apoio à actividade”.

Expressou ainda ser objectivo da autarquia “ir mais além na requalificação da margem da Lagoa de Albufeira”, mas deixou bem claro essa intenção “não dependa exclusivamente do município, porque os terrenos pertencem a outras entidades, pelo que é necessário sempre um acordo para fazer qualquer intervenção”.

Apesar disso, Francisco Jesus espera conseguir “dar continuidade a este trabalho, nomeadamente com a requalificação da Casa do Infantado para a qual já existe um estudo prévio”. Ao mesmo tempo, referiu que também não esqueceu a necessidade urgente de intervir no plano de água, referindo-se, em concreto, ao desassoreamento “para que a Lagoa seja um local cada vez mais aprazível”.

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A inauguração do Centro de Actividades Ambientais e Desportivas da Lagoa de Albufeira assinalou também o Dia Mundial das Zonas Húmidas, uma data de grande significado para a Lagoa de Albufeira, que consta na lista de zonas húmidas de importância internacional desde 1996, está classificada como Sítio Ramsar.

Para assinalar a mesma, o programa de inauguração do CAAD incluiu uma saída de campo, conduzida por Hélio Batista, da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), para recolher dados sobre espécies existentes numa zona de grande biodiversidade, e com uma grande variedade de aves.

O Centro de Actividades Ambientais e Desportivas surgiu nas casas coloridas que o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas instalou na década de 90, para apoio a mariscadores e pescadores. Pretende ser um “polo de dinamização de actividades de desporto e lazer, com especial destaque para o ensino da Canoagem e da Vela, dando continuidade ao trabalho desenvolvido há mais de uma década pelo Centro Municipal de Actividades Náuticas”, refere a autarquia.

A obra de recuperação do espaço inseriu-se numa “ampla operação de valorização da margem sul da Lagoa de Albufeira, orçada em cerca de 662 mil euros, que se estenderam desde a frente oceânica até ao Espaço Interpretativo da Lagoa Pequena”.

Para além da Lagoa de Albufeira, no concelho de Sesimbra existem zonas de várzea de diversas ribeiras que se revestem de grande relevância ambiental, entre as quais a Várzea da Ribeira da Coina, na Quinta do Conde.

As zonas húmidas são essenciais para a purificação da água, filtrando substâncias poluentes. Têm influência no controlo de inundações e a minimização da erosão, absorvendo a água de grandes chuvadas, a atenuação dos efeitos das alterações climáticas contrariando o efeito de estufa, uma vez que a vegetação retém o dióxido de carbono. Além disso, abrigam uma enorme biodiversidade, sendo habitadas por inúmeras espécies.

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