Meditar. Tocar o espírito

Meditar. Tocar o espírito

Meditar. Tocar o espírito

Fotografia: Alex Gaspar|||

“Harmonizar-se com os outros é harmonizar-se consigo próprio. Quando abandonamos o nosso ego e seguimos a respiração cósmica, não há exterior nem interior. Há apenas unidade”
Manuel Simões

O Dojo Bashô-An está a organizar um retiro de meditação Zen no parque de campismo do Alambre, de 25 a 28 de Abril. Um evento organizado com o apoio da ACM/YMCA Setúbal, aberto a praticantes e a quem pretende iniciar a prática de meditação.

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A ideia para organizar a “sesshin”, nome dado a este retiro, surgiu a partir do grupo de praticantes ZaZen no Dojo Bashô-An, localizado no bairro da Fonte Nova.

ZaZen, que na sua tradução livre representa reflectir sentado, numa postura de estar connosco mesmos, leva este grupo a querer “aprofundar, cada vez mais, a prática de meditação”, revela Manuel Simões, responsável pelo Dojo Bashô-An e pela organização do evento.

Para o praticante de ZaZen, “uma sesshin trata-se de tocar-se a si mesmo, tornar-se íntimo consigo próprio”. Uma reflexão sobre quem somos e uma aprendizagem sobre aceitação.

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“Sesshin também quer dizer seguir. Seguir o ritmo do próprio retiro. Harmonizar-se, abandonar o ritmo do quotidiano e voltar-se para um compasso interior. Seguir a respiração do planeta, do qual somos parte, como um todo, sem pensar em histórias individuais”.

 

Quatro dias com um olhar diferente sobre quem somos

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No dia 25, pelas 15h00, os participantes começam a chegar ao retiro para dar início a um conjunto de práticas que desafiam a reflecção sobre o que vivemos e sentimos.

Manuel Simões reflecte sobre este momento em que os praticantes de meditação fazem o encontro consigo mesmos. “As condições exteriores quase nunca dependem de nós. O que sempre está ao nosso alcance são as condições interiores. A atitude de espírito. Tranquilizar a mente, fazer o silêncio interior, não alimentar qualquer classe de pensamentos, positivos ou negativos. Isso sim depende de cada um”.

A “sesshin” prossegue durante a tarde do dia 25 até às 23h00. Quando o grupo fecha o tempo de convívio e reflexão para “entrar e silêncio”.

No dia 26 o retiro amanhece com a prática ZaZen pelas 8h00. Momentos em que os praticantes são desafiados a “percepcionar os pássaros que voam e sentir o cair das agulhas dos pinheiros”.  Práticas a repetir ao longo do dia, até o acampamento entrar em silêncio, pelas 23h00.

No Sábado, “a sesshin” fica marcada como “open day” (dia aberto) para todos os visitantes que não podem estar presentes nos quatro dias de retiro, mas querem viver a meditação e conhecer as suas diferentes práticas. Ao longo do dia realizam-se sessões de prática de ZaZen, meditação activa, meditação guiada e a conferência “O Zen das pequenas coisas”.

Os participantes do “open day” podem assim experienciar diferentes práticas Zen, num momeno de aprendizagem e partilha. “Sentados com a coluna bem erguida e um olhar pousado a 45 graus, virado para o seu interior. Seguem a expiração, concentrados no seu vai-e-vem e sem alimentar qualquer espécie de pensamento”. Assim é aprofundada a tranquilização da mente, o silêncio interior,  o tornar-se íntimo consigo mesmo.

No domingo a “sesshin” tem início pelas 8h00  e termina pelas 13h00.

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