Classificado como “Projecto de Potencial Interesse Nacional” tem previsto um investimento de 3,5 mil milhões de euros
Ao longo de 2024 a construção do grande centro de dados de Sines, projecto que contribuiu para a queda do governo de António Costa, avançou de forma rápida. Metade do primeiro edifício já tem clientes, e embora possa não parecer ainda, este vai ser um dos maiores campus de armazenamento de dados alguma vez projectados na Europa, tendo previsto um investimento de 3,5 mil milhões de euros.
Foi classificado como “Projecto de Potencial Interesse Nacional” devido ao impacto que poderá vir a ter na economia do País. A empresa emprega agora menos de uma centena de pessoas, mas o número vai crescer para nove mil. A população de Sines vê com bons olhos a vinda de novos trabalhadores para a região, mas teme ver subir o preço das casas. De pé já está o primeiro de seis edifícios e já está alugado a várias formas de tecnologia de alto nível, sendo que foram precisos 700 trabalhadores para o ‘erguer’.
A localização deste mega centro não foi escolhida ao acaso, uma vez que Sines é a porta de entrada para a informação que chega através de cabos submarinos, como o Ella Link que liga Portugal ao Brasil, permitindo uma melhor e mais rápida conectividade entre países. As previsões indicam que o Sines Data Center deverá estar a operar em pleno em 2030, alimentado por energia 100% verde.
Com uma capacidade energética prevista de 1,2 gigawatts, este será o mais extenso e ambientalmente sustentável ecossistema de dados na Europa, que irá oferecer uma ampla gama de opções aos clientes, incluindo soluções powered shell, turn-key e build-to-suit. A empresa quer aproveitar os sistemas de captação e descarga que já existem na antiga central a carvão para arrefecimento com água do mar.